fumadora
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A 17 de novembro assinala-se o Dia Mundial do Não Fumador e o Jornal A VERDADE traz-lhe, nesta edição, o testemunho de uma ex-fumadora. Fátima Monteiro é natural de Marco de Canaveses, tem 46 anos e fumou durante cerca de 15 anos.

Começou a fumar quando “tinha 17 anos” e, quando fez uma cirurgia deixou de fumar durante “um tempo”, mas depois voltou. Mais tarde, e devido à sua situação financeira, deixou de vez. “A minha vida alterou, não podia comprar tabaco porque a minha situação financeira não permitia. Há que mentalizar que tinha de deixar algo para trás. Entre a alimentação e os bens essenciais, ou um maço de tabaco, não há muito que pensar.  A nossa mente tem de se mentalizar que não podemos e também não vamos roubar para isso. Foi essa a minha decisão”, apontou.

Fátima deixou então de fumar e garante: “o tabaco é uma droga, como todas as outras. Para deixar de fumar temos de ter muita força a nível psicológico e isso também acontece em relação a deixar de beber ou a emagrecer. Hoje, se estiver com amigos, às vezes numa festa ou assim, sou capaz de fumar, mas eles riem-se porque dizem que não sei fumar, sou capaz de não saber travar, como fazia antigamente. Sabia-me bem, hoje não me sabe a nada”.

A marcoense explica que “nos primeiros tempos” não se juntava muito com amigos, devido a alguns deles serem fumadores. “Muitas vezes é aí que as pessoas não conseguem fazer o processo, porque a força psicológica pode não ser tão grande. Mas se são mesmo nossos amigos, tentam não fumar à nossa beira”, sublinhou.

Fátima Monteiro costumava fumar “um maço por dia”, mas houve uma altura, em que foi trabalhar para a Alemanha, que chegou a “fumar três maços”. Desde que tomou a decisão de deixar de fumar garante: “nunca mais comprei tabaco”.

A ex-fumadora deixa um conselho para todos aqueles que, tal como ela, querem deixar este vício: “como tudo na vida, pensem na saúde e no que é melhor para cada um de vocês. Pensando em nós, sabendo o que é melhor para nós, conseguimos. É uma questão de uma pessoa querer mesmo e a partir daí acho que se consegue. E depois a nível familiar também, o apoio familiar é dos mais importantes”.