Para sensibilizar a população sobre um dos maiores desafios da saúde pública, o dia 4 de fevereiro tornou-se o Dia Mundial do Cancro, desenvolvendo-se no mundo ações de prevenção e a divulgação de cuidados de saúde igualitários para todos.
Como prevenção do cancro, sabemos que é necessário adotar comportamentos específicos, como não fumar, praticar exercício físico, fazer uma alimentação saudável, reduzir o consumo de álcool, evitar a exposição excessiva às radiações e poluentes e ainda fazer exames médicos regularmente.
Atualmente, sabe-se que o excesso de gordura abdominal, o consumo de muitas calorias e a falta de exercício físico está associado a um risco aumentado de desenvolver certos tipos de cancro, como por exemplo: cancro de esófago, cólon-retal, mama, útero e rim.
Sabendo disto, porque é tão difícil adotar estes comportamentos? No início do ano é comum estabelecer objetivos e nas primeiras semanas tenta-se cumpri-los, mas são poucos aqueles que se prolongam até ao final do ano. Esta dificuldade pode estar associada ao método utilizado para os realizar ou a identificação errada do que se propõe a mudar.
Tudo começa pela definição de objetivos. Estes devem ser específicos, mensuráveis, atingíveis, realistas e delineados no tempo. Vamos imaginar: se é uma pessoa que nunca correu e agora decide criar a meta de correr 10 km por dia, este objetivo torna-se demasiado ambicioso e facilmente leva a frustração. Nesta situação é necessário criar pequenas metas para atingir o objetivo final, valorizando sempre as pequenas conquistas diárias.
Considerando que a mudança é também um processo, ela necessita de tempo, ou seja, o comportamento tem de ser constante. Por exemplo: se quero perder peso, não me basta comer uma alimentação saudável por um dia, para conseguir ver os efeitos na balança.
Os objetivos devem prender-se com a realidade de cada pessoa, havendo assim uma organização dos hábitos, consoante aquilo que são as responsabilidades profissionais e pessoais de cada um com os novos hábitos.
Lembremo-nos sempre: Cuidar-nos é uma demonstração de amor que resulta em benefícios físicos e psicológicos.
Artigo de opinião de Ana Rita Vasconcelos, Psicóloga Clínica.
