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A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa participou, no fim de semana passado, na reunião de trabalho que aconteceu em Baião (pode ler notícia aqui) entre a secretária de Estado Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, o executivo municipal, o presidente da Assembleia Municipal e agentes de desenvolvimento locais e regionais. A CIM do Tâmega e Sousa afirmou querer valorizar o setor primário e apostar na formação qualificada.

Nesta reunião, a CIM Tâmega e Sousa apresentou um diagnóstico do território e o que se propõe a fazer nos próximos anos, nomeadamente, no âmbito do Portugal 2030. “Fizemos questão de demonstrar, pela via dos indicadores do território – seja do Norte, seja do país – que o nosso território precisa de investimentos estratégicos para poder alcançar indicadores médios ou acima da média em termos nacionais”, sublinhou Telmo Pinto, primeiro-secretário desta entidade.

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“Em Baião, estivemos a falar de um projeto estratégico que tem a ver com o Centro de Valorização Agroalimentar neste território”, lembrou Telmo Pinto, referindo que a secretária de Estado “deu a sua concordância e também o definiu como estratégico para o país e para a região e que pode e vai ser acarinhado pelo Governo nacional”.

A CIM Tâmega e Sousa pretende “valorizar as competências no setor primário e também no setor da transformação do agroalimentar, seja do vinho, seja de pequenos frutos, seja também dos serviços de extensão rural, de acompanhamento das várias dinâmicas do setor primário neste território, não só para Baião, mas também para um conjunto do território do Norte, em articulação com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e com os centros do conhecimento”.

Além disso, a CIM abordou ainda a área da Investigação e Desenvolvimento, recordando o centro tecnológico ligado ao mobiliário e à madeira e anunciando que “vai ter uma parceria muito robusta à volta das universidades, empresas, dos territórios dos municípios e da própria comunidade”. Indicou ainda outro centro ligado às competências digitais e à indústria 4.0 e que pretendem “apostar muito em Felgueiras, à volta da Escola Superior de Tecnologia e Gestão e também à volta do têxtil e do vestuário”, criando um centro de competências que já foi candidatado ao Plano de Recuperação e Resiliência.

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Entre outras áreas como o desenvolvimento cultural e a valorização das aldeias do Douro, do Tâmega e do Sousa, a CIM Tâmega e Sousa identificou também as academias de formação como um dos focos a seguir. “Um dos nossos problemas de hoje já não tem a ver com a população jovem, porque esses já estão cada vez melhor formados, mas sim com a nossa população ativa que está entre os 40 e os 60 anos, que tem de ter outras dinâmicas. A formação tem de ser uma boa alavanca e um bom parceiro das empresas e desta população ativa”, acrescentou, referindo que estas novas dinâmicas têm a ver com o digital.

Hoje, cada vez mais o esforço físico é o que conta menos, mas o conhecimento, o trabalhar a tecnologia deve ser a prioridade.

“Na realidade, não chega ter trabalho. Temos de ter emprego sustentável e o emprego sustentável hoje alicerça-se muito na tecnologia, porque cada vez mais, mesmo os setores mais tradicionais, seja a agricultura, seja a própria industria, seja a construção civil, têm de estar alicerçados nas novas tecnologias, nas novas capacidades de inovação, para que cada vez o esforço físico seja menor, mas o esforço intelectual, o conhecimento sejam um alicerce”, finalizou.

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