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David Couto de Sousa, um jovem natural de Penafiel, foi “surpreendido” com a chegada de uma carta a casa que tinha como remetente a reitoria da Universidade do Porto. No envelope, o jovem encontrava palavras de motivação e acabava de ser distinguido com o Prémio de Incentivo da U. Porto. 

O estudante de economia ingressou na faculdade em 2021 e aos 19 anos recebeu uma distinção que o deixou “completamente em choque” e, de seguida, “muito contente”.

De momento encontra-se a terminar o segundo ano de licenciatura em economia e confessa que “apesar de não ter certeza do seu futuro profissional, sempre quis estudar esta área”. Por volta do 5.º ano, o bichinho pelas áreas da economia e gestão começaram a surgir na vida de David Couto de Sousa. “Tinha o sonho de estudar economia, mas ainda agora não tenho bem a certeza do que pretendo seguir”, acrescentando que, na altura, o mais importante era garantir que iria estudar algo que “me dá gosto”. 

Acreditando que pode ter sido um dos fatores a contribuir para a sua média de excelência. 18,4 foi o número que levou o jovem a ser um dos 20 melhores alunos do primeiro ano da Universidade do Porto. “Pode ter tido influência na média final porque ajuda sempre, facilita o processo de estudo, porque quando estudar é um martírio é mais difícil”, explicou. 

Quando fala em conselhos para quem pretende ingressar na Universidade, refere, de imediato, que “não devemos ir com medo para a faculdade”, apesar de ter sido exatamente a forma como David ingressou na Universidade. A terminar o segundo ano e com outro conhecimento partilha que “é não ir com medo para a faculdade, porque as pessoas entram e saem, os cursos fazem-se mas, claro, é preciso dedicar e ter gosto no que se está a estudar”.  

Em conversa com o Jornal A VERDADE, partilha que o primeiro semestre foi “muito cansativo. Vinha para casa todos os dias, fazia uma hora e meia de viagem para lá e para cá, a minha vida era vir no comboio, estudar em casa e no dia a seguir repetir”. Descrevendo como uma “adaptação difícil”, porque a ida a casa “não permitia criar grandes amizades, nem participar em atividades extracurriculares da faculdade. Era um aluno universitário com vida de secundário”.

Ao contrário do segundo semestre, em que se estabeleceu no Porto e começou a regressar a terras penafidelenses somente ao fim de semana o que lhe trouxe “saudades da família”, confessando que é chegado aos “pais, avós e irmão mais novo. Isso custou-me bastante”. No entanto, afirma que “os prós de estar em casa não eram tão altos como os contras do cansaço e de não conseguir ter a vida académica”.

Acrescentando que esta mudança permitiu-lhe ainda regressar à paixão pelo polo aquático, que tinha abandonado devido aos dias “preenchidos e exaustivos”.

Para David Couto de Sousa o Prémio de Incentivo Universidade do Porto é “uma grande honra”, considerando ser “uma pressão positiva para continuar, não de forma obsessiva, mas a tentar ter boas notas”.

Por enquanto, os sonhos são a curto prazo e passam por “terminar a licenciatura e ingressar num mestrado, provavelmente, noutra faculdade”.

Para este sucesso considera que o “segredo” é “um misto entre estudar e rever a matéria em casa e estar atento nas aulas”.