Da Polónia para Marco de Canaveses, Zuzanna Hope quer ter “uma vida feliz” e viver da sua “paixão”: a arte. Há cerca de um ano, criou uma galeria de arte em Amarante, onde quer contribuir para que outros artistas possam também expor os seus trabalhos.
A ideia de vir para Portugal veio das boas referências que a mãe de Zuzanna Hope lhe transmitiu. Também era artista e, há uns anos, numas férias, “apaixonou-se por Portugal”. “Este amor por Portugal foi um bocadinho propagado em mim, então, eu estava mesmo curiosa”, conta Zuzanna Hope ao Jornal A VERDADE, explicando que também conhecia uma amiga artista que estava a fazer Erasmus no Porto.
Então, Zuzanna Hope, o marido e a filha vieram por três dias, ficaram três semanas e acabaram por escolher Portugal como destino para viver o ‘final feliz’ que toda a história romântica tem e que a artista idealiza.
O concelho de Marco de Canaveses foi o primeiro que viram e aquele pelo qual se apaixonaram à primeira vista para escolherem como local para viver. “É lindo, com lindas paisagens, montanhas e Natureza”, afirma, sublinhando que “foi fácil” de se apaixonarem pelo local.
No entanto, como a filha foi estudar para Amarante, o casal acabava por passar mais tempo neste concelho e, então, foi ali que Zuzanna Hope decidiu abrir a sua galeria de arte. Além disso, a artista começou também a seguir e a gostar da poesia de Teixeira de Pascoaes, conhecendo até membros da sua família e o edifício onde nasceu. E foi em frente a essa mesma casa que a artista escolheu o espaço da sua galeria.
Zuzanna Hope é especialista em pintura a óleo contemporânea e design de interiores e dá aulas de arte em Marco de Canaveses, mas o desenho “é também uma paixão”. A sua galeria, Muso Art Gallery & Studio, recebe trabalhos de artistas de todo o mundo e o objetivo de Zuzanna Hope é “fazer a ponte entre as artes e juntá-las à música e à poesia”, uma vez que acredita que “a arte pode ser qualquer coisa”.
Além disso, é também curadora das exposições e pretende que os trabalhos se complementem uns aos outros e, por isso, quer focar-se em exposições em grupo. Conta que “está a correr muito bem” e que “num mês” conseguiu vender cinco trabalhos.
Com duas filhas, uma delas já nascida em terras lusas, Zuzanna Hope está a tentar convencer o resto da família a mudar-se para Portugal e tem como ambição, “sem dúvida”, continuar a viver cá. Quanto à língua portuguesa, tem sido levada a “aprender mais rápido” desde que abriu a galeria por ter de contactar com mais portugueses.
No futuro, quer fazer alguns trabalhos de arte com os seus animais de quinta (ovelhas, cabras, cavalos, burros, galinhas, entre outros) e viver da sua “paixão”. Se for “bem sucedida”, irá abrir mais galerias noutras cidades, sob o mesmo nome.
