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Violência doméstica e crimes sexuais entre casos mais identificados pela APAV

Redação

Entre 2020 e 2022, a APAV registou um aumento de 25,5% no número de atendimentos que foram efetuados pelos Serviços de Proximidade.

Em 2022, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) apoiou vítimas de 292 municípios dos 308 existentes (95% do território nacional); atendeu uma média de 40 vítimas por dia; registou 27.897 crimes e outras formas de violência e promoveu 1.442 ações de formação e sensibilização (62,4% destinadas a crianças e jovens).

Os dados são do Relatório Anual 2022, segundo o qual pode concluir-se que a violência doméstica (77,4%) e os crimes sexuais contra crianças e jovens (4,9%) compõem a maior fatia de crimes e outras formas de violência.

Os dados estatísticos disponibilizados reportam-se aos processos de apoio desenvolvidos presencialmente, por telefone e online, no ano transato, pelos 75 serviços de proximidade da APAV. "Face ao trabalho desenvolvido em conjunto com autoridades e entidades nacionais e internacionais durante 2022, a APAV apoiou diretamente 16.824 pessoas, num total de 83.322 atendimentos, um aumento de 25,5% em relação aos atendimentos efetuados em 2020. Estes atendimentos realizaram-se nos vários serviços de proximidade: Gabinetes de Apoio à Vítima, Equipas Móveis de Apoio à Vítima, Polos de Atendimento em Itinerância, Sub-Redes Especializadas e Casas de Abrigo, Sistema Integrado de Apoio à Distância e Linha Internet Segura", revela a APAV em comunicado.

Em 2022, a APAV atendeu, por semana, uma média de 157 mulheres adultas, 50 crianças e jovens, 30 homens adultos e 29 pessoas idosas. Entre todos os crimes e outras situações de violência registadas pelos vários Serviços de Proximidade da APAV, os crimes contra as pessoas, como a violência doméstica ou os crimes sexuais, representam cerca de 94% do total.

Depois da violência doméstica, os crimes sexuais contra crianças e jovens foram "os mais reportados", com 611 casos de conteúdo de abuso sexual de menores e 390 casos de abuso sexual de crianças, entre outros. A média de idades das crianças e jovens apoiadas pela APAV em 2022 é de 10 anos e 60% destas vítimas menores eram do sexo feminino. "A Rede CARE – apoio a crianças e jovens vítimas de violência sexual tem-se dedicado ao apoio especializado a este tipo de vítimas, partindo do modelo de apoio da APAV para o desenvolvimento de procedimentos próprios, específicos para esta tipologia de crime".

O trabalho estatístico "é de extrema importância quando se pretende construir uma visão abrangente sobre as vítimas de crime em Portugal, pelo que a APAV continua empenhada nesta análise, sempre com o intuito de melhoria contínua para implementação de boas práticas na sua ação", sublinha.

A APAV presta apoio gratuito, confidencial e especializado a vítimas de todos os crimes. Este apoio, no regime presencial, está disponível através de uma rede nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima, presente em muitas das principais cidades do país.

A Linha de Apoio à Vítima, 116 006, funciona de segunda a sexta, entre as 8h e as 22h. A Linha Internet Segura está disponível através do 800 21 90 90, de segunda a sexta, entre as 8h e as 22h, e do e-mail [email protected]. A APAV está também presente nas principais redes sociais, como o Facebook e o Instagram.