No dia 1 de fevereiro tomava posse o novo Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Tâmega e Sousa, na sequência da reestruturação das entidades públicas empresariais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), prevista no Decreto-Lei n.º 102/2023, de 7 de novembro.
A mudança implicou a integração dos hospitais e centros hospitalares existentes com os Agrupamentos de Centros de Saúde, adotando para isso o modelo de organização e funcionamento em unidades locais de saúde (ULS), nos termos previstos no Estatuto do SNS.
Assim, com o arranque de 2024, entraram em funcionamento 31 novas Unidades Locais de Saúde (ULS), onde se inclui a Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa (ULS Tâmega Sousa). O recente Conselho de Administração da ULS-TS é composto pelo presidente, António Capelas, pelo diretor clínico para a área dos Cuidados de Saúde Hospitalares, Nelson Pereira, pelo diretor clínico para a área dos Cuidados de Saúde Primários, Rui Lopes de Aguiar, pela enfermeira diretora, Benvinda de Jesus Ribeiro, pela Vogal Executiva: Sónia Sousa, e pelo Vogal Executivo, Hugo Lopes.
Em declarações ao Jornal A VERDADE, o diretor clínico para a área dos Cuidados de Saúde Hospitalares, afirmou que o objetivo do, recente, Conselho de Administração é que a ULS-TS seja "a melhor possível e que, todos os dias, preste o melhor serviço à população". São setes meses de serviço, com "um período, relativamente intenso, de conhecimento da casa, numa fase de transição do sistema de saúde, com a criação da Unidade Local de Saúde, a necessidade de nos readaptarmos a toda esta vivência, impactada agora no verão, que permitiu, também, aos profissionais descansarem".
Feito o balanço até este momento, Nelson Pereira garante que o trabalho futuro passa por "deitar mãos à obra e perspetivar aquilo que vai ser este novo ano de trabalho. Começar a fazer as reformas que se impõem, constituindo e estruturando a Unidade Local de Saúde da melhor forma possível, para responder aos desafios que se lhe impõem, que são muitos".
Trata-se de uma ULS "com uma enorme população, com grandes fragilidades, temos aqui problemas de saúde muito significativos, uma população muito envelhecida e pobre, temos a maior incidência de tuberculose no país, temos muitos problemas para resolver, que não se resolvem todos num dia. Resolvem-se com trabalho, com diálogo, com empenho, e isso temos. Temos vontade de trabalhar, de dialogar e de, em conjunto, trilhar os melhores caminhos, e vamos fazer o melhor que podemos para deixar esta Unidade Local de Saúde e esta população o melhor servida possível", garantiu diretor clínico.
As declarações surgiram à margem da terceira edição da mostra "Especialidades à la Carte", organizada por médicos internos da ULS-TS. Nesse âmbito, Nelson Pereira garantiu que é "importante abrir a casa e mostrar o trabalho realizado à comunidade. As melhores instituições são aquelas que têm os melhores profissionais, que são a melhor coisa que nós temos para entregar aos nossos cidadãos. E, por isso, é muito importante abrir a casa com transparência, mostrar aquilo que, de facto, de melhor fazemos e dar-lhes conta de que se escolherem trabalhar connosco vão ter todas as condições para se formarem bem, para no fim da especialidade serem excelentes profissionais, para poderem cumprir aquele sonho que, certamente, tinham: ser médicos e ajudar a comunidade", referiu ainda.
A ULS Tâmega Sousa resulta da integração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa com os ACeS do Tâmega I – Baixo Tâmega, com exceção do Centro de Saúde de Celorico de Basto, do Tâmega II – Vale do Sousa Sul e do Tâmega III – Vale do Sousa Norte.
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