Os trabalhadores do Grupo EDP vão estar em greve durante 24 horas no dia 24 de janeiro. Em causa está a valorização das carreiras profissionais.
O protesto vai decorrer junto à sede na EDP, na Avenida 24 de julho, em Lisboa, e contará com a presença de trabalhadores de todo o país.
Segundo nota de imprensa da FIEQUIMETAL (Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas), a manifestação surge como "reflexo do descontentamento crescente dos trabalhadores" e com o objetivo de lutar pela "correcção de injustiças e pela valorização da experiência profissional".
Uma das reivindicações passa por "subidas nas bases remuneratórias (BR) e generalização da remuneração por antiguidade (diuturnidades)", na visão da FIEQUIMETAL, a EDP "tem condições para atender estas justas reivindicações. Está nas mãos da administração evitar a agudização de um conflito, que é da sua inteira responsabilidade, porque nos últimos anos ignorou e rejeitou propostas da FIEQUIMETAL para melhorar as condições de trabalho. Como ficam os trabalhadores? Os lucros da EDP falam por si!", afirmam.
Neste sentido, a federação inclui alguns valores a título de exemplo. "Não é possível esconder os 946 milhões de euros registados nos primeiros nove meses de 2023 (mais 83 por cento do que no mesmo período de 2022). Em 2021 e 2022, os lucros superaram 1100 milhões de euros, por ano, e os accionistas decidiram arredar para si próprios, em dividendos, mais de 1500 milhões de euros. Para este ano preparam-se para mais um belo repasto, neste caso de 795 milhões de euros. E os trabalhadores, dos mais jovens aos mais velhos, como ficam no meio de tudo isto? Qual é a sua garantia de futuro, designadamente na valorização dos salários, das carreiras e das anuidades, numa empresa que apregoa aos quatro ventos ser 'top employer' e 'familiarmente responsável'? Que empresa é esta, que nega o acesso ao topo de carreira e não cumpre o ACT nas condições de acesso à reforma? Na verdade, os trabalhadores sentem-se desvalorizados!", foi a mensagem deixada.
Recorde-se que os trabalhadores da EDP estão em greve às horas de trabalho extraordinário desde dia 1 de dezembro de 2023.