tomas silva amarante
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O Parlamento rejeitou esta sexta-feira, 25 de outubro, o projeto de lei do Bloco de Esquerda – que propunha a revisão do estatuto do aluno, proibindo o uso de telemóvel, também, nos espaços de recreio das escolas dos 1.º e 2.º ciclos.

Sobre o tema, Tomás Silva, o melhor aluno do ensino profissional da Escola Secundária de Amarante (no último ano letivo), afirma que “os telemóveis são precisos nas aulas, porque, com esta nova etapa da tecnologia, qualquer coisa é feita por aí ou pelo computador”.

No entanto, o jovem de 18 anos considera que o uso do telemóvel “tem de ser bem gerido”, uma vez que “não são precisos em todas as disciplinas. Os alunos acabam por abusar, mas também é um hábito que pode vir de casa. Depende de aluno para aluno, mas por uns pagam todos”, garante.

Natural de Amarante, Tomás Silva terminou o curso profissional de Eletrónica, Automação e Computadores e continuou o percurso escolar na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, em Felgueiras, no Curso Técnico Superiore Profissional (CTeSP) em Cibersegurança, Redes e Sistemas Informáticos.

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Pelas escolhas que fez percebemos o gosto pela área, que surgiu “mais a partir do 10.º ano. Tenho um maior fascínio na vertente das Redes e Sistemas Informáticos. Comecei as aulas no dia 16 de setembro e estou a gostar desta nova fase, é diferente”.

As boas notas, no seu caso, começaram a ser mais evidentes “a partir do sétimo ano”, quando começou a interessar-se “mais” e pensei em seguir o ensino superior. “Os meus métodos de estudo nunca foram muito diferentes das outras pessoas, acho eu, mas o que eu fazia era exercícios da matéria que dava e fazia alguns resumos para ter tudo organizado”.

Apesar de não ter uma atividade extracurricular, Tomás Silva considera “importante haver um equilíbrio entre o estudo e a vida social. O estudo está em primeiro lugar, porque nos traz mais benefícios do que a vida social, mas tento gerir as duas coisas”, diz o jovem que faz parte de uma geração que “está preparada para o mercado de trabalho. Eu, por exemplo, nas férias de verão, de vez em quando, ia ajudar o meu pai em alguns trabalhos”.

Conquistem os sonhos e que nunca desistam

O jovem amarantino não tem dúvidas de que o ensino profissional pode preparar melhor os alunos para o mercado de trabalho e até para aqueles que querem seguir o ensino universitário. “Muito mais, eu próprio tive essa experiência. Durante três anos temos de fazer 200 horas de estágio numa empresa e, isso, dá-nos uma experiência imediata no mercado de trabalho“.

O que irá fazer profissionalmente? As dúvidas existem, mas terminado o CTeSP “pode haver a possibilidade de seguir para a licenciatura. Acho que ainda tenho um bocadinho de tempo para pensar”.

Tomás Silva termina com um conselho aos outros jovens que estão agora a iniciar o ensino secundário: “Conquistem os sonhos e que nunca desistam”.