Terminaram esta terça-feira, 3 de setembro, as buscas pelos destroços do helicóptero de combate a incêndios que caiu no rio Douro, no passado dia 30 de agosto, em Samodães, no concelho de Lamego, disse o comandante da Polícia Marítima do Norte, Rui Silva Lampreia.
Os mergulhadores conseguiram recuperar o rotor de cauda, peça considerada importante para a investigação às causas do acidente.
Durante a manhã desta terça-feira procedeu-se à retirada da cauda do helicóptero do rio, posteriormente transportada por uma embarcação com grua para o cais fluvial de Lamego, seguindo para o hangar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), no aeródromo de Viseu.
"Retirámos diverso material que pertencia à aeronave, incluindo a cauda. Constatámos que a cauda está praticamente intacta, tem o rotor e, portanto, temos esse elemento que será importante para as perícias que vão ser feitas", disse o comandante da Polícia Marítima do Norte.
No entanto, ficou por recuperar outra peça considerada importante, o computador de navegação que tem o tamanho de um 'tablet'. "Não obstante ser importante para as perícias que têm de ser feitas, acreditamos que, neste momento, todo o material que foi retirado do fundo do rio será suficiente para se tentar apurar as causas que estão na origem neste trágico acidente", sublinhou.
De acordo com Rui Silva Lampreia, pelas características da peça, "não seria muito fácil encontrá-lo no fundo do rio, porque tem uma morfologia irregular e muita vegetação. E não sabemos como se encontra, poderá ter ficado totalmente destruído", acrescentou.
A concluir, o coordenador da operação de socorro e de buscas no Douro referiu que foram recuperados do rio todos os elementos possíveis de recuperar. "Nós fizemos um batimento do fundo com muito rigor e todos os componentes e destroços que lá se encontravam passaram por nós, foram retirados e o conjunto desses destroços, em princípio, será suficiente para se poder apurar as causas".
O impacto do helicóptero no rio foi de forte violência e, em consequência, a aeronave partiu-se em duas partes. "Isso é visível, até pelo vídeo que anda a circular nas redes sociais. Vê-se claramente que foi um impacto de violência, como também foi dito por algumas testemunhas que assistiram ao embate", referiu nas declarações prestadas aos jornalistas.
Entretanto, a circulação de barcos turísticos e de recreio regressou à normalidade naquela zona do rio, entre Lamego e o Peso da Régua (Vila Real).
https://averdade.com/cauda-da-aeronave-que-caiu-no-rio-douro-sera-retirada-esta-terca-feira/