Kaká é o novo membro de quatro patas e a primeira cadela adotada da rua na família de Tânia Coelho.
A Kaká vive em Cete, Paredes, desde julho, na família estava à espera que o canil fosse buscar os animais de forma a ter "a esterilização e vacinas gratuitas", mas acabaram por decidir "ficar com a cadela e suportar os custos".
Esperaram uma semana porque estava "dependente do leite da mãe" e depois foram buscá-la. Tânia diz que nos primeiros dias "tivemos que lhe dar leite pelo biberão, mas entretanto começou a comer ração normalmente e adaptou-se bem".

Apesar do longo historial de cadelas na família, Kaká é a primeira cadela adotada. As anteriores eram "fêmeas, de raça, mas foram oferecidas, as meninas é mais difícil por causa de serem esterilizadas, mas eu não me importo de o fazer", diz Tânia Coelho.
Os pais ficaram "um bocadinho reticentes ao início, porque tínhamos acabado de perder uma cadela há pouco tempo, mas aceitaram muito bem, eles já estão habituados a ter animais e quando ficaram ali, aquele tempo sem nenhum, fez diferença", acrescenta.
A cadela anterior tinha quase 15 anos e era uma 'cocker spainel', mas acabou por falecer, o que levou a "terem um novo animal", mas desta vez queriam adotar.
Através de uma pesquisa no Canil de Penafiel encontrou uma partilha de Filipa, que apelava para a adoção de uma ninhada que estava abandona na rua.

O pai de Tânia Coelho não tem um membro inferior e anda de muletas, por isso, "está sempre por casa" e a cadela "faz-lhe companhia, anda à vontade dela, tem espaço cá fora, terreno".
Enquanto se ri conta que a Kaká é "doida e brincalhona, quer destruir os sapatos e agarra-se à roupa, mas vai aprendendo". O filho de três anos já tinha um gato, mas a cadela "foi a primeira vez que ele teve contacto", inclusive, o nome Kaká foi escolhido por ele.
Tânia Coelho deixa uma mensagem às pessoas que pensam adotar um animal ou que já os têm: "Eu acho que as pessoas quando decidem ter um animal têm que pensar que é como um filho, temos que lhes dar todas as condições, não é para tê-los sentados, a minha cadela que faleceu agora... eu gastava todos os meses 100 euros em medicação cardíaca, quando temos um animal devemos respeitá-lo como respeitamos as pessoas, até porque eles nos são muito mais fiéis".
A ninhada de nove cães já foi distribuída, mas a mãe de porte médio ainda está para adoção.

Texto redigido com o apoio de Daniela Lenchyna.