senhor maia jose mais dador de sangue
Publicidade

Foto de destaque: Dador Maia recebe lembrança da Associação de Dadores de Sangue Terras do Vale do Sousa, após doar 100 dádivas.

Foi no ano de 1980 que José Maia, mais conhecido por Sr. Maia, doou sangue pela primeira vez. Na altura precisou de ajudar a salvar a vida do próprio avô, que necessitou de várias transfusões devido a um cancro nos intestinos. 

Embora seja natural de Miragaia, uma antiga freguesia do Porto, já reside em Paço de Sousa, no concelho de Penafiel, há 52 anos. Nesta região juntou-se à Associação de Dadores de Sangue do Vale de Sousa, onde se tornou um rosto conhecido. “Criei uma relação com as pessoas que estão à frente da associação e, agora, sou conhecido como ‘velhinho'”, conta em entrevista ao Jornal A VERDADE.

Desde que se tornou dador nunca mais parou e, até à data, contabiliza 125 doações, garantindo que “enquanto poder vou dar, a menos que eles me proíbam. Ainda no mês passado dei sangue”. Este ato costuma ser realizado de três em três meses, isto é, quatro vezes por ano, em conjunto com a esposa e a filha. “É praticamente uma tradição na família e gostava que as próximas gerações continuassem”. 

senhor maia jose mais dador de sangue

Dador Maia recebeu Gota de Cristal após ter realizado 100 dádivas. Esta gota é atribuída pela FAS – Federação das Associações de Dadores de Sangue.

As primeiras doações foram em prol do avô, mas também serviu para que José Maia ajudasse outras vidas, como foi o caso de um tenente durante a tropa. “Em 1982 tive de ir dar uma transfusão de sangue direta a um tenente que foi ferido numa instrução, teve um acidente, foi internado e a seguir teve de levar transfusões e eu acabei por ir ao Hospital Militar, a Lisboa, ajudá-lo”. 

José Maia acredita que estes foram apenas dois casos, até porque é O negativo, o que implica poder receber apenas O negativo, mas ter um tipo de sangue compatível com todas as pessoas. “Ainda continuo a dar sangue e quero ver se continuo a dar até aos 66 que é o limite”, afirma José Maia. 

Apesar de estar “habituado” a doar sangue, continua a ser uma “emoção boa” e garante que faz de “livre vontade” e espera que “as pessoas façam o mesmo. Não há perigo nenhum, apenas não há hipótese de fazer esforço a seguir, é fazer um bocado de sacrifício e não fazer nada”. No fundo, o objetivo é marcar “um dia na agenda para doar sangue e aproveitar para descansar”. 

Tipos de sangue

tipos sanguineos