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Sonia Vella deixou Penafiel e a família "por amor" e rumou a França

Redação

A história de Sonia Vella e o marido é de um 'amor de verão'. Foi entre amigos e família que o conheceu, num "amor à primeira vista", nas férias de verão de 1995.

A penafidelense estava a passar uns dias em casa da irmã, que vivia em França, onde se encontrava também uma amiga, curiosamente, a irmã do seu – agora – marido. "Ele passou lá com a minha irmã. Foi amor à primeira vista", conta.

Os dois continuaram a comunicar, através de cartas e telefonemas, numa 'mistura de inglês com italiano', já que ele é francês e sabia falar italiano, "que é mais próximo do português". No ano seguinte, em agosto, veio passar férias a Portugal e visitar Sonia Vella em Penafiel.

Em alguns meses, muita coisa mudou na vida da penafidelense e, em novembro, deixou tudo e rumou a França, para a zona dos Alpes, na fronteira com a Suíça e a Itália. "Mudei tudo porque perdi o meu pai e, para mim, foi muito difícil e, depois, foi mesmo por amor. Eu vinha aqui [França] de férias e nunca tencionei vir para aqui morar. Não foi por falta de trabalho, pois trabalhava numa confeção e num supermercado, foi mesmo por amor que eu deixei", recorda.

"Foi um passo grande", refere, explicando que, "no princípio, foi um bocado difícil", porque, "ainda por cima", começou por trabalhar na restauração, mas, rapidamente, conseguiu ambientar-se com a língua falada, depois de fazer um curso de francês. Mais tarde, trabalhou como auxiliar numa escola e, depois, como ama.

Sonia Vella começou por morar com a irmã e só depois foi viver com o marido, com quem já fez várias viagens. "O meu marido faz parte de uma associação de carros antigos e a gente faz muitas viagens, muitas 'roadtrips'. Agora, eles vão até Penafiel com um Fiat 500", indica.

O amor entre os dois multiplicou-se e o casal teve três filhos: dois meninos e uma menina, com 22, 20 e 13 anos. O objetivo, futuramente, é comprar uma casa em Portugal. "Temos ideia de voltar. As raízes a gente não esquece. E tenho a sorte de ter um marido que adora Portugal", afirma, comentando que costuma vir a terras lusas cerca de três vezes por ano.

A quem pensa em emigrar, Sonia Vella aconselha que seja uma decisão muito ponderada e que "pesquisem para vir porque há muitos que vêm enganados". "Aqui não se pode ir aos cafés como aí. Ir ao restaurante é um de vez em quando. Têm de saber levar a vida. Temos outra maneira de viver", acrescenta.