aviao bordo passageirosFoto: Orna Wachman/Pixabay
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O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) informou que a TAP vai cancelar 400 voos até ao fim do ano, uma vez que 40 pilotos e 110 tripulantes de cabine, de acordo com a lei, colocaram para o mês de dezembro as licenças de parentalidade.

O SPAC informou os órgãos de comunicação nacionais, em nota de imprensa, que “a TAP pretende cancelar mais de 400 voos, entre novembro e dezembro, acusando a companhia de culpar os profissionais por causa de licenças de parentalidade”.

Segundo o sindicato, a empresa TAP justifica os cancelamentos porque 40 pilotos e 110 tripulantes de cabine “colocaram para o mês de dezembro as licenças de paternalidade”. A SPAC considera este número “incompreensível. Por mais que se tente justificar tantos cancelamentos com a ausência de 40 pilotos, que foram pais e mães, num universo de 1.200, nunca vão escamotear a verdade irrefutável. Faltam pilotos, faltam tripulantes de cabine e faltam aviões”, acrescenta em nota de imprensa enviadas aos meios de comunicação nacionais.

A organização acrescenta que “a empresa optou por despedir pilotos e tripulantes de cabine” no passado e que este facto contribui para a “escassez” atual. “Mais uma vez, revela-se a incapacidade e irresponsabilidade de uma gestão que não está à altura do bom nome da marca TAP”, acusou o SPAC.

A presidente executiva da companhia, Christine Ourmières-Widener, na conferência de apresentação dos resultados do terceiro trimestre, não confirmou o número de 400 voos cancelados para o final do ano, referindo que ainda não foi tomada a decisão. Garantiu que a empresa tudo fará “para proteger a operação”, mas neste momento ainda estão a ser avaliados os impactos das assistências.

De acordo com os meios de comunicação nacionais, chegaram cerca de 300 pedidos de assistência à família para o período do Natal e Ano Novo. “Temos um pico de pedidos para o Natal. Não é a primeira vez, mas está maior este ano”, disse, explicando que não se tratam de “baixas por doença”.