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Sílvia Rocha: "É possível curar o cancro. Porquê? Porque fiz o diagnóstico logo no início"

Redação

A prevenção do cancro da mama é o foco principal do Outubro Rosa. Sílvia Rocha conseguiu, um ano depois do seu diagnóstico, em 2023, superá-lo para este ano afirmar: "é possível curar o cancro. Porquê? Porque fiz o diagnóstico logo no início".

O percurso até à cura foi "um caminho realmente muito difícil" que começou quando a marcoense, natural da freguesia de Alpendorada, Várzea e Torrão, encontrou um caroço no peito, e "algo muito forte estava-me a dizer para ir logo ao médico, que de certeza seria cancro".

As suspeitas foram confirmadas no dia 2 de outubro, momento em que soube "que tinha o cancro mais agressivo de mama, um triplo negativo", um cancro que exige tratamentos muito "difíceis" de quimioterapia.

O momento de confirmação deste diagnóstico ficou marcado pela frieza do médico, a conversa e explicação foi "muito fria", recorda Sílvia Rocha. "Mas quando me deram a notícia, não me esconderam nada. E deram-me um caminho que achei exagerado, no entanto percorri e foi realmente muito difícil", acrescentou.

E apesar de estar sempre "um bocadinho reticente" no momento das consultas, depois de superada esta jornada Sílvia Rocha agradece a honestidade e frontalidade do médico. "Foi muito importante aquele aviso que ele me deu, olhando-me nos olhos e dizendo que o meu caminho ia ser muito difícil", salientou.

Por outro lado, os médicos e equipas de Oncologia fizeram a paciente Sílvia ganhar "outra esperança e a médica já teve outro carinho comigo nesta fase".

Os dois internamentos e os demais desafios desta jornada até à cura só foram superados graças ao apoio "familiar extraordinário" e dos testemunhos de outras mulheres que enfrentaram os mesmos desafios. "Foi a essas mulheres que me agarrei e um dos meus objetivos, a partir de agora, é também ser um exemplo para as mulheres que estão a passar pela mesma situação", adiantou.

Assim, Sílvia Rocha vê a partilha do seu testemunho como uma forma de apoiar quem está agora a enfrentar um cancro da mama, reforçando sempre a importância de "rastrear, rastrear e rastrear".

A marcoense volta a realçar que foi graças ao seu rápido diagnóstico que conseguiu combater o cancro a tempo. "Ao primeiro sintoma que tenham vão ao médico e não se deixem estar. Porque um cancro no início é curável, apesar de difícil, é possível", voltou a salientar.

"A primeira coisa que passa pela cabeça de todas as mulheres é que vamos morrer, ainda há muito esta ideia de que uma pessoa com cancro vai morrer, mas não. Cancro não é sinal de morte, cancro é sim sinal de uma vida diferente", concluiu.

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