greve financas amarante
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Esta quinta-feira, dia 17 de março, o Serviço de Finanças de Amarante aderiu à greve da função pública de forma total, encerrando o serviço a 100%.

Em declarações ao Jornal A VERDADE, Elisa Antunes, delegada sindical do STI (Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos) refere que “Amarante teve uma adesão à greve total, os serviços estão encerrados”.

Acrescentando que “não estamos a fazer a greve das três horas de manhã e três horas de tarde porque isso obrigava-nos a estar duas horas abertos e nós queríamos que tivesse mais impacto, porque se estiverem alguns funcionários não causa impacto nenhum na população, as pessoas nem dão conta”. 

Explicando que a greve parcial consiste em aderir ao protesto “três horas de manhã e três de tarde, mas manter os serviços abertos durante duas horas, isto é das 12h00 às 14h00”. 

Assim, os trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) manifestam-se “contra a desvalorização profissional e o colapso do sector a que se soma a insatisfação sentida ao assistir, na última década, à crescente degradação no funcionamento da AT, com a saída de milhares de efetivos para a aposentação e com a execução de medidas que aparentam querer esvaziar as funções essenciais e de autoridade e que complicam procedimentos, prejudicando também os contribuintes“, pode ler-se em nota de imprensa.

Sob o mote “Sem trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira não há Estado Social”, o protesto nacional convocado pela estrutura sindical tem possibilitado aos trabalhadores exercerem o seu direito à greve e a realizarem ações de rua descentralizadas de Norte a Sul, incluindo os Açores e a Madeira, num alerta para o iminente colapso da AT e para a necessidade de “valorizar e dignificar as suas funções”.

O STI realça que o seu principal objetivo “não é o encerramento de serviços (com paralisações totais) mas, essencialmente, e através da realização de iniciativas de protesto e de paralisações pontuais e articuladas, criar incómodo e pressão, não nos cidadãos, mas na Direção-geral da AT e no Governo, pugnando pela defesa e luta pelas reais expetativas dos seus associados , lembrando que sem os trabalhadores da AT não é possível garantir um Estado Justo, um Estado Igualitário, e um verdadeiro Estado Social”.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos reitera ainda que vai continuar com pré avisos mensais para a greve parcial, para as primeiras três horas ou últimas três da jornada de trabalho, até ao final do ano ou até que os trabalhadores vejam as suas reivindicações atendidas e realizar junto a serviços de finanças e aduaneiros ações de rua para o esclarecimento dos cidadãos.