andreia enfermeira marco
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“Tudo na vida tem hora e momento certo para acontecer” é a maior certeza de Andreia Ribeiro, que, recentemente, ingressou no curso de enfermagem, na Universidade de trás os montes e Alto Douro (UTAD).

Após a conclusão do 12.º ano, a “falta de recursos financeiros” levou-a a desistir dos estudos e a integrar o mundo profissional, acabando por “adiar o sonho”.

Ser enfermeira “sempre foi um sonho de menina”, porque “é a ciência do cuidar e entender as limitações físicas, emocionais de um paciente. Escolhi estar presente da dor, porque já estive muito perto do sofrimento”, explica a marcoense de 31 anos.

Depois de entrar no mercado de trabalho, Andreia Ribeiro casou e foi mãe de três filhos que não foram um “impedimento” para ingressar na universidade. “Acredito que as metas também podem ser cumpridas ao contrário e ser mãe não é um impedimento para seguir com este sonho”, garante.

Sempre foi um sonho de menina

Este ano, a marcoense decidiu dar asas ao sonho e escolheu a UTAD como primeira opção, porque sentiu, naquela instituição, “muito humanismo, humildade e honestidade”. Ficou colocada na tabela de M23 em segundo lugar com 16.9 valores, partilha a jovem que não coloca “limites nos sonhos, apenas fé”.

Neste sonho adiado, contou com o apoio de “toda a família”, que é “um grande suporte e apoio. São imprescindíveis para poder seguir este caminho e de salvaguardar que tive oportunidade de trabalhar um ano no centro de saúde do Marco de Canaveses onde toda a equipa de enfermagem me incentivou a voar mais alto”.

Na gestão entre os filhos, casa, estudos conta com a ajuda da mãe, que, “muitas vezes, tem de ir buscá-los à escola. Vou e venho todos os dias para Vila Real e dedico-me aos miúdos, à casa e aos estudos. Com uma boa gestão tudo se consegue”, afirma Andreia Ribeiro.

Está ainda no início do ano letivo, e, “apesar de ser tudo novo”, a agora universitária sente que fez a “escolha certa” e confessa que aprender, numa fase mais madura, a faz me ver as coisas “de uma forma mais clara”.

Com a vida aprendi a encarar o bom e o mau como lições

Apesar de ter seguido “as metas ao contrário”, Andreia Ribeiro não tem dúvidas de que “não mudaria nada” nas escolhas que fez. “Com a vida aprendi a encarar o bom e o mau como lições, pois só assim se cresce e evolui”.

Esta nova fase é partilhada com colegas mais novos que têm “prestado um grande auxilio, quer na integração, quer no conhecimento da UTAD e arredores. Não sou alvo de preconceito, os colegas apenas se referem a mim como ‘você’. Não tenho dificuldades em me adaptar”.

Com o testemunho na primeira pessoa, Andreia Ribeiro pretende “inspirar o próximo” e mostrar à sociedade que “não existem ‘prazos’ para a realização de qualquer sonho”.