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A segurança será um aspeto ainda mais decisivo para a escolha do destino de férias após a pandemia de COVID-19, revelou um estudo de investigadoras da Universidade de Coimbra (UC) divulgado esta quarta-feira, cita a Agência Lusa.

As conclusões do estudo, conduzido por Catarina Gouveia e Cláudia Seabra, investigadoras do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT), classificaram a segurança como “um fator fundamental a considerar na recuperação da indústria turística”.

As autoras adiantaram que a pandemia teve um efeito muito significativo na perceção de segurança para a prática das várias atividades turísticas. “Em termos globais, os turistas indicam uma perceção de risco mais elevada para a prática de todas as atividades turísticas e de lazer, destacando-se as praticadas em espaços fechados ou de dimensão reduzida, ou seja, com maior aglomeração de pessoas, principalmente os parques de diversões ou temáticos, concertos e espetáculos, eventos desportivos, centros urbanos/históricos, compras em centros e ruas comerciais, casinos e casas de jogo, discotecas e locais de entretenimento noturno”, afirmou Cláudia Seabra, citada em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

Antes da pandemia, o alojamento mais utilizado pelos inquiridos era o hotel (23,8%), seguido de casa de amigos e familiares (18,8%), alojamento local (16,6%) e turismo em espaço rural (12,2%) mas com a covid-19 “a situação alterou-se”, salientou a investigadora do CEGOT. “A maioria dos participantes no estudo prefere agora a casa própria, o alojamento local e casas de amigos e familiares, confirmando a importância do turismo doméstico nesta fase de incerteza”, acrescentando que “o hotel, que antes era o tipo de alojamento preferido pelos turistas, após a pandemia passa a ser menos indicado”.

As autoras concluíram que os principais indicadores apurados fornecem “pistas importantes para os gestores das organizações turísticas readaptarem as suas estratégias de marketing, de forma a reconquistar novamente os mercados desta região no contexto pós-pandémico”.

O estudo envolveu 320 turistas que visitaram a região Centro ao longo de sete meses – entre novembro de 2020 e maio de 2021 – na maioria (98,4%) de nacionalidade portuguesa.