Entre os vários artistas que estarão presentes no palco do jardim municipal, destaque para João Cabrita que atua este sábado, pelas 21h30.
Músico e produtor há 30 anos, o saxofonista tem realizado diversos espetáculos de jazz e desta vez, sobe ao palco em Marco de Canaveses para apresentar "Cabrita'', o álbum de estreia a solo, um disco de colaborações.
Ao Jornal A VERDADE o saxofonista enalteceu a iniciativa que se assume uma oportunidade "para trazer diferentes géneros musicais à população de Marco de Canaveses. Neste caso o jazz, que começou por ser uma música popular, de classes baixas na América, e se foi elitizando à medida que conquistava um público mais branco e instruído. Portanto, o que o distancia de um público mais alargado é em grande parte algum preconceito, e estes eventos ajudam a derrubá-lo", frisou.

Da segunda edição do "Jazz no Jardim", a população de Marco de Canaveses, "tanto no caso do Mário Laginha como no meu, não irá encontrar uma abordagem clássica ao jazz. Eu costumo equiparar este género ao hip hop, por ser super permeável à influência de outros géneros. Seja o funk, o rock, a electrónica, existem inúmeras abordagens por aí. No caso do meu espectáculo haverá lugar para de tudo um pouco, inclusive para dançar, se alguém quiser", revelou João Cabrita.
A promoção do jazz num concelho mais distanciados dos grandes centros "é super louvável" para o artista que não tem dúvidas de que "o direito à fruição da cultura não deve ser uma coisa exclusiva dos grandes centros. Estes eventos, juntamente com outros incentivos, são extremamente importantes para contribuir para a qualidade de vida no território todo e assim fixar novas gerações fora das metrópoles".
João Cabrita deixa um convite a toda a população. "Venham porque vai valer a pena. Temos estado a tocar este espetáculo um pouco por todo o país e a reação das pessoas tem sido incrível. E renovo o convite: quem quiser pode dançar", conclui.