Sara Cunha, natural de Castelo de Paiva, tem como paixões, a par da Psicologia, as redes sociais e o estilo de vida saudável e equilibrado. Recentemente, foi capa da Women’s Health e acredita que foi a autenticidade que a levou a ser uma das Fit Girls.
A nível académico, a jovem Sara descobriu, ainda no 11.º ano, o seu interesse por Psicologia, mas derivado a alguns “estigmas” não tomou logo essa decisão. “Por alguns preconceitos acabei por seguir Gestão de Empresas, mas não deu certo e percebi que devemos seguir os nossos sonhos, independentemente de tudo, e foi quando ingressei na Psicologia. Não podia ter feito melhor escolha. É a minha praia e acho que é totalmente algo que se adequa a mim”, confidenciou, acrescentando que: “há dificuldades em todo o lado, mas se gostarmos do que fazemos e formos atrás dos nossos sonhos é mais fácil de enfrentar”.

Redes sociais é outra das paixões de Sara Cunha
Perto dos vintes, a jovem decidiu investir nas redes sociais e dar asas também a esse gosto. “Adoro falar com o público, de comunicar e de partilhar um bocadinho daquele que é o meu estilo de vida. Deixei tudo o que poderiam pensar de mim de lado e segui“.
Mais uma vez, Sara Cunha colocou os receios de lado e persistiu nos seus sonhos. Atualmente, realiza alguns trabalhos através do digital e considera que é “prova de que devemos mesmo seguir o que queremos e esquecer o resto. No meu ideal de vida era conseguir conciliar a psicologia com o trabalho nas redes sociais“, realçou.




Estilo de vida saudável: “Surpresa minha foi perceber que aquilo era muito mais que físico”
À semelhança de muitos jovens, a paivense começou por praticar desporto por questões estéticas, mas ao longo do tempo foi se apercebendo de que era um estilo de vida que a ajuda a nível mental, época em que “deixou de ser uma obrigação”, explica. “Desde sempre que gostei de ter uma vida mais ativa. Mas a verdade é que foi devido a muitas inseguranças no meu corpo que decidi começar a fazer ginásio, porque se temos uma coisa que não gostamos e está ao nosso alcance mudarmos não podemos continuar a criticar. Comecei na musculação com esse único objetivo. Surpresa minha foi que um ano depois percebi que aquilo era muito mais que físico, era também para a minha saúde mental. Passou a ser uma parte do meu dia e que fazia questão de ir, é como dormir ou comer”.
Nesta lógica, a jovem deixou um conselho: “se não gostamos de alguma coisa e está ao nosso alcance mudar temos de pôr mãos à obra porque as coisas não caem do céu, mas também sabermos deixar de lado o que não conseguimos mudar e aceitar. Acredito que mudando isso conseguimos estar mais em paz connosco, mais felizes, mais satisfeitos. É um clichê, mas passa por ‘aceitar o que não conseguimos mudar e mudar o que gostávamos de ver diferente'”.


Sara Cunha foi capa da Women’s Health
“Nunca na minha vida pensei que ia participar, quanto mais ganhar. Nunca pensei ser capa de uma revista que admiro imenso”, é desta forma que descreve o início de um sonho.
Já era consumidora do produto, mas nunca pensou ver o seu rosto lá. Na última fase do concurso, recebeu uma mensagem do cunhado a incentivar a participação e, sem “grandes expetativas”, aceitou o desafio. O processo de fotografia foi “demorado”, fruto da sua “exigência” para consigo mesma, mas acabou por submeter a fotografia a pouquíssimos dias de terminar. No dia em que recebeu o convite para o Health Fest, a ficha caiu e tudo se tornou “mais real. O Health Fest, em Lisboa, era no dia anterior ao meu desfile do cortejo de finalistas em Coimbra. Era uma ginástica complicada, mas disse bora lá”.

A chegada foi marcada por “ansiedade” e alguma “insegurança”. Sara Cunha confessa, num primeiro momento, que começou por observar o que os outros faziam, mas num espaço de uma hora assumiu uma nova postura: “ser eu própria e divertir-me”. Fatores que considera terem-na levado até aos dez finalistas e, posteriormente, a ser uma das Fit Girls. “Penso que represento o verdadeiro compromisso que é um estilo de vida saudável e equilibrado. Queremos comer saudável para nutrir o corpo e a mente, mas se queremos comer uma francesinha ou lanchar crepes, devemos fazê-lo sem culpa”.

Até ao dia em que a revista viu a luz do dia passaram-se largos meses e o sentimento de “ansiedade” foi transversal às quatro Fit Girls. “Todas queríamos que isto acontecesse” e foi no dia em que saiu a capa que a jovem sentiu um “boom: ter a revista nas minhas mãos. Foi mais uma prova de que quando nos esforçamos e somos autênticos, as coisas podem acontecer a qualquer um. Só a participação já era uma conquista gigante”.
Num mundo ideal, Sara Cunha espera conciliar as duas áreas, confessando que: “não conseguiria deixar a psicologia pelas redes, nem as redes pela psicologia”. Agradecer e deixar um conselho foram as palavras finais da jovem de 24 anos: “Tenho de agradecer a toda a gente que me apoiou neste percurso e que depositou confiança em mim. Agradecer às pessoas e às inúmeras mensagens, a toda a gente que comprou a revista. Para os leitores é mesmo acreditarem em vocês, vão atrás dos vossos sonhos porque nada é impossível. Não gosto da frase que o céu é o limite porque para mim o céu não é mesmo o limite”.


