romano magalhaes
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Florence Nightingale, a primeira Enfermeira profissional da história, nasceu no dia 12 de maio de 1820 em Florença. A sua intervenção na guerra da Crimeia, permitiu reduzir drasticamente a taxa de mortalidade dos doentes hospitalizados, através da adoção de medidas de higiene e alimentação adequadas. Ficou conhecida como a “dama da lâmpada” pois percorria as enfermarias à noite com uma lamparina. O efeito da luz facilitava a vigilância dos doentes e amenizava a sua solidão e dor, como uma luz de esperança para lutar pela vida. Hoje em dia a lamparina é o símbolo da Enfermagem, e o Dia Internacional do Enfermeiro é celebrado no dia do seu aniversário.

As condições de saúde e higiene da época não são comparáveis com a realidade dos países desenvolvidos no século XXI. No entanto, continuamos a enfrentar batalhas contra inimigos invisíveis e novos agentes patogénicos, como é o caso recente do Coronavírus. No dia Internacional do Enfermeiro não podemos deixar de homenagear todos os enfermeiros que combateram e ainda combatem a pandemia por COVID-19. À semelhança de Nightingale, tiveram que reinventar métodos de trabalho, medidas de higiene e de proteção, face a um agente desconhecido na comunidade científica.

O sofrimento dos doentes e das suas famílias tem sido incomensurável. No entanto, devemos todos reconhecer o esforço dos enfermeiros, agradecer a sua dedicação, muitas vezes em prejuízo de si próprios e dos seus. Os enfermeiros são pessoas que escolheram dar-se ao outro. Apesar das dificuldades que enfrentam, o seu objetivo é sempre cuidar do doente, amenizar o seu sofrimento, ajudá-lo a recuperar da doença, adaptar-se à sua nova condição e, se isso não for possível, estar presente até ao final.

Gostaria ainda de homenagear os enfermeiros que estão a cuidar dos doentes afetados pela guerra da Ucrânia, ou que foram eles próprios atingidos. Através dos nossos pensamentos e das nossas ações enviemos-lhes força e coragem para ultrapassar este grande desafio.

Que todos os enfermeiros do mundo sejam luz de esperança na noite dos seus doentes, independentemente da batalha que enfrentam.