maria amelia
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Esta quinta-feira, dia 31 de março, foi apresentado, no Emergente Centro Cultural, em Marco de Canaveses, o projeto MISSE 2G (Modelo Integrado de Saúde Social no Envelhecimento), um “projeto feito a pensar numa problemática cada vez mais frequente, o envelhecimento”, afirmou a provedora da Santa Casa da Misericórdia de Marco de Canaveses (SCMMC), Maria Amélia Ferreira. 

De acordo com a médica, este projeto aborda as consequências do envelhecimento, numa fase “onde o isolamento foi extremamente marcado” e onde a saúde mental foi deteriorada. Este novo projeto, MISSE 2G, é focado na segunda geração, visto que já houve, anteriormente, “um primeiro projeto com teleconsulta e consultas ao domicílio”. Consiste num apoio à população envelhecida, com mais de 65 anos, fragilizada e com dificuldades económicas no domicílio, focando a saúde mental.

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“Nas parcerias para o impacto apresentamos este projeto que vai envolver todo o Marco de Canaveses. Envolvemos as juntas de freguesia, envolvemos as pessoas que nos podem referenciar, as pessoas mais necessitadas, porque é no domicílio que temos que ter essa referenciação, que também é muito importante para fazermos este contacto com médicos na área da psiquiatria, da medicina geral e familiar e também na área da psicologia e com acompanhamento que é gratuito”, explicou Maria Amélia Ferreira.

Segundo a provedora, este é um projeto dedicado à saúde social, como área prioritária, potenciando a monitorização dos idosos de forma contida no seu domicílio, de forma a manter essa população nas suas casas o maior tempo possível, contribuindo assim para a sua saúde mental. Os destinatários serão 125 idosos, com mais de 65 anos, residentes no concelho, com escasso apoio familiar, dificuldades na gestão das doenças físicas e mentais e, de modo indireto, os familiares e cuidadores que apoiam os idosos em  domicílio dados revelados na apresentação do projeto. 

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De acordo com Maria Amélia Ferreira, outro aspeto relevante, relacionado com o projeto, é o seu investimento, que não se limita ao financiamento público. “Tivemos que angariar investidores sociais, parceiros que acreditassem no projeto e que acreditassem no seu valor e conseguimos. Um terço do projeto é financiado por investidores sociais, aos quais também temos que dar contas”, acrescenta a provedora. 

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Este projeto, permite aos financiadores, dar a sua visão sobre aquilo que serão os problemas, ou seja, ultrapassar esta fragilidade na saúde mental, não só pela doença, mas também pelo isolamento e pela pobreza, desta forma, este é um “projeto do Marco de Canaveses não é um projeto da Santa Casa. Esta é a única rede que consegue dar resposta consensual a esta população em áreas locais, em áreas pobres e áreas envelhecidas”, referiu. 

Maria Amélia Ferreira, termina dizendo que “a Santa Casa tem a responsabilidade e assume essa responsabilidade, de ser uma instituição que por um lado, sendo importante a nível da saúde dentro da área das misericórdias, não deixa de parte a área social naquilo que vai ser o futuro que é a saúde social”.  

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O evento de apresentação do projeto MISSE 2G, foi moderado por Agostinho Marques, diretor clínico do Hospital Santa Isabel, contando com a participação de Pedro Morgado, responsável pelos programas de saúde mental da região Norte e professor Associado de Psiquiatria e Comunicação Clínica da Escola de Medicina na Universidade do Minho, que elaborou e apresentou temas relacionados com “a importância de pensar na sociedade considerando a saúde mental”, e de Helena Loureiro, representante da Região Norte na Portugal Inovação, projeto direcionado à “resolução e alternativas de problemas sociais” apresentado no evento associado ao MISSE 2G, pela mesma.

Texto redigido com o apoio de Ana Ferrás, aluna estagiária da Universidade Fernando Pessoa