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Sambinha do Zé apresenta o primeiro trabalho discográfico: "Queremos ganhar dimensão"

Redação

Fotografia: Bruno Sampaio (DR.)

A cultura luso-brasileira e o crescimento do Sambinha do Zé vão ser celebrados no dia 13 de fevereiro, com a apresentação do primeiro concerto inteiramente gravado, imbuído no espírito 'all in orange'.

O documentário "Sambinha do Zé – Ponto de Partida", que será apresentado no Auditório Municipal de Lousada, pelas 18h00, exprime uma vontade de uma nova viragem e de afirmação do projeto.

Como surgiu o Sambinha do Zé?

José Afonso, de 26 anos, e Fernando José, de 28, conheceram-se em Leipzig, na Alemanha, país escolhido por ambos para seguir o sonho da música clássica de orquestra. "A relação foi ficando mais próxima, fomos partilhando mais vezes casa, partilhávamos o gosto pelo samba e as coisas foram-se desenvolvendo a nível musical. A certa altura, um bar em Lousada queria criar um projeto de samba, algo que fosse mais 'caseiro' e que de vez em quando fosse lá. Eu sabia que Nando cantava muito bem e então pensei 'porque não ele fazer a dupla comigo e com mais alguns amigos'", recorda José Afonso.

Seguir o sonho da música clássica além fronteiras era o objetivo inicial, mas os interesses "foram mudando. Um músico vai-se moldando e pode vir a alterar os gostos musicais. Nós fomos ganhando mais respeito pelo samba e pensamos em apostar no nome Sambinha do Zé", explica Fernando José.

Uma "brincadeira" criada em 2019 e que "cresceu de uma forma muito natural. A certa altura tivemos de tomar uma decisão: continuava a brincadeira ou apostávamos no projeto. Desde então, estar no palco, ver as pessoas felizes e a dançar tem sido muito bom", garantem os jovens músicos.

Fotografia: Bruno Sampaio (DR.)

Primeira atuação com "casa cheia"

Na primeira atuação, no bar em Lousada, e para "surpresa" dos dois jovens, o Sambinha do Zé contou com "casa cheia. O português ouve muita música brasileira e a cultura está, cada vez mais, enraizada em Portugal", diz José Afonso.

Cinco anos depois do início da "brincadeira", a dupla não imaginava que "o projeto crescesse desta maneira e que se tornasse no que é hoje". De um concerto mais "intimista" para um conceito "mais aberto, foi tudo acontecendo. Fizemos o nosso primeiro concerto aberto nos 'Sábados da Juventude e, a partir daí, começamos a pensar que o nosso leque poderia ser muito maior. Foi a nossa estreia e começamos a formatar o projeto nesse sentido", explica Fernando José.

Entre ensaios e concertos, os "melhores amigos" garantem que conseguem "separar muito bem a amizade do trabalho. Quando o projeto começou a crescer mais, conversamos sobre o que queríamos e correu muito bem. Somos muito equilibrados. Embora sejamos todos profissionais e vivemos da música, somos todos amigos".

Fotografia: Bruno Sampaio (DR.)

"O Sambinha do Zé é uma surpresa que a vida nos deu"

Num espaço "mais pequeno" há uma "maior proximidade com as pessoas" e, "não querendo deixar de o fazer", José Afonso e Fernando José perceberam que "há outro tipo de público, que gosta de ver a banda em cima de um palco. Tentamos aliar as duas coisas e, por isso, é que temos tocados em vários sítios. Já somos contactados por comissões de festas", diz o lousadense.

Hoje, são "muitas as pessoas que gostam do projeto" e que "têm ajudado ao crescimento do mesmo. Agradecemos a todas as pessoas que estiveram, e estão, no nosso caminho. Aliás, queremos ganhar dimensão e precisamos da ajuda de quem gosta de nós".

Perspetivando o futuro do projeto, Fernando José não tem dúvidas em afirmar: "O 'Sambinha do Zé' é uma surpresa que a vida nos deu e é, por isso, que esperamos que daqui a cinco anos essa surpresa tenha crescido ainda mais. São aquelas coisas da vida que são inexplicáveis, acontecem e ainda bem. Talvez tenha sido sempre esse o nosso caminho".

José Afonso destaca o "estudo e a dedicação" ao longo dos cinco anos, sem esquecer "a sorte. Conheço muitos artistas que não são muito ouvidos e que são muito bons".

Fotografia: Bruno Sampaio (DR.)

"Sambinha do Zé – Ponto de Partida" será promovido nas plataformas digitais

Como nos explica José Afonso, o primeiro trabalho discográfico, um audiovisual de uma hora gravado no Campo de Hóquei do Complexo Desportivo de Lousada, surgiu para responder às novas 'exigências' de um mundo "cada vez mais digital. Pensamos 'por que não ter conteúdo nas plataformas digitais. E surgiu a ideia de lançar o audiovisual. Já estamos a compor músicas autorais, mas decidimos que este trabalho fosse composto por covers. Aliás, até agora o projeto viveu disso e as pessoas conhecem-nos através desses covers. Quisemos deixar essa referência, as nossas versões em samba das músicas".

Para além da apresentação do audiovisual e do lançamento em todas as plataformas digitais, o Sambinha do Zé fará um mini-concerto no Auditório Municipal de Lousada, às 18h, num formato "mais intimista e acústico".

A apresentação será aberta "a quem quiser estar presente", até à lotação máxima da sala.