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A astróloga Isabel Guimarães esteve à conversa com o Jornal A VERDADE para desmistificar alguns preconceitos associados à ciência da astrologia. Desde logo, começou por explicar que a astrologia “não é considera uma religião, porque concentra em si todas as religiões”.

Aos 29 anos, Isabel Guimarães passou por um momento “traumático” na vida. Um “grande” acidente levou-a a passar pelo processo de “pós-morte” e a tragédia acabou por desencadear um desejo de “aprofundar os porquês da vida”.

Acabou por se dirigir a uma astróloga sem nunca imaginar que viria a deixar a sua área, gestão de empresas, e a dedicar-se ao mundo dos astros, na vertente da psicologia e psicoterapia, num futuro próximo. Durante a sessão sentiu que “parecia que ela me conhecia há séculos. Ela criou uma leitura e um contexto das situações que ocorriam na minha vida, a minha personalidade, autodesenvolvimento e caminhos que eu tinha na minha vida que na altura pareciam-se absolutamente fora da realidade”.

Ainda jovem, Isabel Guimarães, também quebrou alguns mitos associados a astrologia e percebeu que “não era atirar algo para cima da mesa e dizer o que ia acontecer”, mas sim ajudar no “auto-desenvolvimento” das pessoas.

Através da astrologia, Isabel Guimarães encontrou os seus “caminhos” e, atualmente, ajuda outras pessoas a “descobrir a causa do efeito, se acontece algo tem de haver uma causa”. No entanto, afirma que é “complexo nós compreendermos qual é, porque há múltiplas”.

A partir do dia em que pisou o salão da astróloga a sua vida “mudou completamente”, o que a levou a fundar a Associação Portuguesa de Astrologia, porque a “entristecia” saber que pelo mundo fora existiam “congressos e formações e no meu país não tinha nada”.

Após mais de 20 anos, Isabel Guimarães continua a estudar astrologia, porque considera ser um “marco do saber tão grande que nós temos de continuar a estudar sempre”.

“Data, hora e local de nascimento” são os três dados que a especialista precisa para criar o seu mapa astrológico e traçar o contexto de onde cada um de nós vem e o porquê das coisas, acrescentando que “o primeiro respiro é o seu ascendente“.

isabel guimaraes astrologa signos

De forma a tornar a astrologia mais simples, Isabel Guimarães compara a astrologia a uma “peça de teatro. A pessoa observa a sua vida através do palco da vida. Os signos são os cenários que se apresentam, neste caso, 12 cenários. Depois temos o ator que é o planeta do signo, porque todos os signos têm um planeta e o palco onde o ator atua é a casa astrológica”.

No fundo, a astrologia é “signos, planetas e casas astrológicas” que depois permitem analisar várias vertentes da vida, tais como, carreira, casamento, relação com os irmãos, relações sociais e pessoais, entre outros.

O mundo “complexo” da astrologia leva Isabel Guimarães a citar uma frase de Isaac Newton: “Acreditas na astrologia? Estuda!”, a astróloga ri-se e diz que “é tão complexa no seu entendimento que leva ao facilitismo de dar respostas às pessoas ou querer adivinhar o futuro”. Acrescentando que, por exemplo, as cartas tarot “não são astrologia” e que apesar de “respeitar, não deve ser confundido”.

Astrologia tradicional e humanista e vários tipos de zodíaco

Isabel Guimarães explica também que existe a astrologia “tradicional que é a mais antiga” e que, com o passar dos anos, surge a astrologia “humanista”. Ao contrário da primeira esta vertente “não é tão determinista e encontra-se mais ligada à psicologia e ao comportamento humano e não só aos fatores externos”. Mencionado ainda a astrologia “védica”, mais ligada à cultura oriental.

A astróloga não deixa de esclarecer também que existem, pelo menos, três tipos de zodíaco. O zodíaco sideral que “é dos seus céus e está baseado nas constelações, o sol entrou em aquário no dia 20 de janeiro, mas temos nos céus o sol ainda em peixes. O zodíaco tropical é da terra, ligado aos trópicos de câncer e capricórnio. Nós temos uma matriz matemática de 360.º e não usamos a inclinação, o sideral usa a inclinação”.

Acrescentando que “a astrologia se baseia numa matriz matemática dividida por uma equação em que 30.º é igual a um signo, logo 12 signos é igual aos tais 360.º, dentro desta roda dos 360.º nós temos 90.º para cada estação e, por isso, temos três signos por cada estação”. Terminando por explicar que “a astrologia inicia em carneiro porque é quando o dia é igual à noite, porque os antigos ligavam à luz já que era sinónimo de vida, e é a partir daí que começa a contagem dos 360.º e de cada signo”.

No fundo, a palavra astrologia significa “magia da vida”, não tendo uma relação direta com a religião. “Nós não nos podemos associar a religiões, porque religiões são crenças e crenças todo o humano tem o direito a tê-las. O astrólogo não tem nenhuma religião, tem todas”, afirma.

Isabel Guimarães termina por honrar Maria Flávia de Monsaraz, a “mãe da astrologia em Portugal”, através da sua frase “a astrologia é a arte simbólica da vida”, porque “tudo é simbólico” e, completa que à semelhança da estrela que guiou os Reis Magos ao Menino Jesus, também a astrologia “busca caminhos e orientações”.