rita meireles
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Assinalou-se no dia 24 de março o Dia Nacional do Estudante e este domingo fique a conhecer Rita Meireles, uma jovem de 16 anos e natural de Penafiel, que divide a sua vida entre “vários mundos”.

Rita Meireles, natural de Penafiel divide o seu “mundo” entre as aulas, o voluntariado e outras atividades, uma vida “um pouco louca”, conta a jovem de 16 anos ao Jornal A VERDADE. A frequentar o 11º ano no Porto e a viver em Penafiel, a jovem confessa estar “eternamente grata” aos pais que lhe têm proporcionado uma formação “muito completa” e que lhe abriu portas para o voluntariado.

Foi no 9°ano que se inscreveu em projetos de solidariedade social. “Comecei por preparar kits solidários, ou seja, refeições ligeiras, para serem entregues aos sem-abrigo, na cidade do Porto”, conta. Mas em 2020, com a chegada da pandemia da Covid-19 “o mundo parou” e Rita Meireles não conseguiu continuar com a iniciativa. 

No entanto, com o regresso à escola inscreveu-se num novo projeto, o “Projeto Raiz, que consiste em acompanhar nos trabalhos escolares, meninos e meninas do bairro de Ramalde, no Porto, que frequentam o 1º ciclo do ensino básico”, explica. Ao longo do ano, existem várias campanhas de recolha de bens e Rita Meireles dá o exemplo do Banco de Leite de Cabo Verde, e outras iniciativas nas quais também colabora.

Saber que “simples gestos, que custam tão pouco e significam tanto” podem mudar o dia de alguém é “extremamente gratificante” para a jovem que em todas as ações tenta transmitir “a melhor versão” de si própria e ser “um exemplo” para os outros, com quem aprende “muito, sobretudo, com os mais novos. Sinto-me uma criança outra vez”, sublinha.

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Experiências que a fazem crescer a vários níveis, mas principalmente que a fazem “sair da bolha” em que vive e “contactar com diferentes realidades” e que a fazem “dar mais valor” ao que tem. “Valores como a solidariedade, a entreajuda e dedicação ao próximo foram-me transmitidos desde cedo, pela minha família”.

Para além do voluntariado, Rita Meireles frequenta uma academia de dança, é representante no projeto “Escola Embaixadora do Parlamento Europeu”, delegada de turma e membro da Associação de Estudantes. “A dança ocupa-me a maior parte do meu tempo, visto que, normalmente, a minha semana consiste em 13 horas de dança, uma hora e meia de voluntariado, duas horas e meia no projeto “EEPE” e, pontualmente, tenho de organizar atividades para a turma ou eventos para a Associação de Estudantes”. Uma carga horária a que se juntam  22 horas de aulas e estudo “que tenho que fazer para alcançar os meus objetivos”, salienta.

Para Rita Meireles a gestão da rotina diária entre a escola, o voluntariado e restantes atividades é “bastante cansativa”, mas acredita que lhe impõe “a disciplina necessária para conciliar tudo e ter sucesso”. O futuro é, para a jovem, “incerto”. Tenho grandes objetivos para cumprir e estou pronta para dar o melhor de mim em tudo”, garante a jovem que se considera “demasiado exigente” consigo própria e reconhece que precisa de ser “mais ponderada. Não sou super heroína, não sou uma máquina e muitas vezes estou exausta e tenho que descansar. O que faço, gosto de fazer perfeito e esse é o grande desafio”.

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A sua única certeza é clara: continuar a dançar “a vida toda. É algo que me traz alegria no seu estado mais puro e genuíno. A verdade é que não há nada melhor do que as borboletas na barriga quando estou prestes a entrar em palco”

Quando pensa no voluntariado, o seu maior sonho é continuar a ser voluntária e, no próximo ano, planeia já inscrever-se na distribuição dos kits, referidos anteriormente. “Apanhar boleia da famosa Carrinha Amarela e percorrer as ruas do Porto a distribuir refeições aos mais carenciados. Quero ter a oportunidade de conversar com eles e conhecê-los. Gostava que eles desabafassem comigo e encontrassem em mim o conforto e a segurança sabendo que na próxima semana estarei lá, mais uma vez”

Rita Meireles prova que é possível fazer tudo o que se quer se houver uma gestão equilibrada do tempo. Aos estudantes que, tal como ela, têm sonhos a realizar e objetivos para atingir, deixa um único conselho: “cuidem-se. Só estando bem connosco é que seremos capazes de cuidar dos outros. O nosso bem-estar é que nos ajuda a inspirar quem nos ouve e quem pretendemos ajudar”.

Pela sua experiência reconhece que é importante haver um “equilíbrio” nas escolhas e transmitir essa “estabilidade”, procurando “ser e fazer” aos outros o que gostaríamos que “fossem e fizessem connosco”. Tudo com um único propósito: “procurar atingir a melhor versão de nós mesmos”.

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A jovem não tem dúvidas de que perante um dilema da vida devemos sempre “escolher o que nos faz mais felizes”, porque o realmente importa “são os sorrisos partilhados e os risos descontrolados, pois estes sim vão ficar eternamente marcados na memória”. 

Viver de modo a que “no final olhemos para trás e consigamos dizer: eu aproveitei bem cada segundo da minha vida”, é o lema de vida de Rita Meireles.

“Vivam, simplesmente! Intensamente”.