As greves da CP regressam e a próxima está agendada para dia 31 de maio. A paralisação de 24 horas acontece por parte do sindicato que representa os revisores e trabalhadores das bilheteiras.
O principal motivo para a realização deste protesto é a "discriminação salarial" e contra exclusão das outras classes profissionais da empresa do acordo salarial com os maquinistas.
O sindicato admite que no mês de junho poderão haver mais dias de paralisação, decisão esta que será tomada na próxima quinta-feira, dia 18 de maio.
O ponto de partida para esta greve é o acordo assinado no dia 4 de maio entre a CP e os maquinistas. O documento revê em alta os aumentos nos salários destes trabalhadores e abre a porta, alega o sindicato, a que os maquinistas conduzam os comboios sem qualquer acompanhamento nas marchas em vazio, isto é, entre a oficina e as estações onde começam e terminam os serviços ferroviários.
Em declarações ao EDO, o dirigente do sindicato SFCRI, Luís Bravo, explica que "o acordo põe em causa postos de trabalho dos revisores e a segurança na circulação. Por exemplo, se houver uma colhida de um passageiro entre o depósito de Contumil e a estação de São Bento, quem vai prestar socorro à vítima? Vão deixar o comboio vazio? Este é um auxílio prestado pelo revisor", assinala.