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O Rali Terras D’Aboboreira decorreu no passado fim de semana, dias 28 e 29 de abril, em três concelhos da região: Amarante, Baião e Marco de Canaveses.

O grande vencedor deste rali foi Kris Meeke navegado por Ola Floene, da equipa Team Hyundai Portugal, que venceu o seu primeiro rali do CPR. Este é também o primeiro rali do Campeonato Portugal de Ralis em que o piloto irlandês participou, após ter ocupado o lugar do falecido Craig Breen no Team Hyundai Portugal.

“Tentei ser rápido na Power Stage, no entanto preocupei-me, acima de tudo, em fazer um percurso o mais limpo possível. Mas é uma boa forma de acabar prova”, disse o irlandês. O piloto sai do rali do Clube Automóvel de Amarante com 28 pontos no CPR, apenas menos 34 do que o atual líder, Ricardo Teodósio, deixando no ar a séria promessa de que é um claro contendente ao título.

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Kris Meeke não deixou de fazer uma dedicatória ao seu amigo próximo, o malogrado Craig Breen, ao dizer, “todos sabemos por que estou aqui”, e revelou também sair do rali “com uma boa sensação do carro”.

Atrás, contrariamente ao que se passou relativamente à vitória na prova, a luta pelo segundo lugar esteve sempre em aberto e ao rubro, entre as duplas Marco Bulacia/Diego Vallejo (Skoda Fabia Rally2 Evo), e Alejandro Cachon/Alejandro Lopez (Citroën C3 Rally2). Entraram para o derradeiro troço separados por apenas 2,8 segundos e ambos reconheceram ter encarado a classificativa para conseguirem o segundo lugar. Bulacia foi mais rápido e dilatou para 5,0 segundos a vantagem final sobre o espanhol.

Já no que toca à melhor posição disputada por portugueses, Miguel Correia e Jorge Carvalho ainda deram um ar da sua graça na etapa inaugural na passada sexta-feira, 28 de abril, ao serem os melhores portugueses. No entanto, alguns problemas cedo o arredaram da luta na manhã de sábado, relegando o piloto bracarense Skoda Fabia Rally2 Evo para a sexta posição final e destronando-o da liderança provisória do CPR que trazia desde o Algarve. “Não é o resultado de que estava à espera, mas, apesar de tudo, não deixa de ser um rali positivo”, reconheceu o bracarense.

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Foi, no entanto, o duelo intenso travado entre as duplas Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia Rally2 Evo) e Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai i20 N Rally2). Armindo entrou cauteloso, a readaptar-se à competição depois do acidente de Fafe, mas foi aumentando progressivamente o ritmo ao logo do rali e chegou à posição de melhor português, por troca com Teodósio, após a penúltima especial, posição que consolidou na derradeira, a Power Stage, da qual ainda saiu com dois pontos extra, fruto do segundo lugar entre os inscritos no CPR.

“Estamos muito contentes. Foi uma boa prova, depois do terrível acidente, e agradeço à minha equipa e aos médicos que me acompanharam. Foi muito bom ser o melhor entre os portugueses”, realçou o tirsense.

E se Teodósio tem motivos para tristezas por perder a liderança entre os portugueses perto do fim, tem igualmente motivos de grande regozijo, pois assumiu a liderança provisória do CPR, com 62 pontos, mais três do que o anterior líder, Miguel Correia. “Tive uma boa sensação com o carro e fizemos um bom rali, mesmo se viemos com cautelas, a pensar, acima de tudo, nas contas do campeonato. Daí que tenhamos optado inclusive por uma toada mais cautelosa na Power Stage”, revelou Teodósio.

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As duplas José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën C3 Rally2), Norbert Herczig/Ramon Ferencz (Skoda Fabia Rally2 Evo), Rakan Al Rashed/Dale Moscat (Skoda Fabia RS Rally2) e Pedro Almeida/Mário Castro (Skoda Fabia Rally Evo) completaram, por esta ordem, o lote dos dez primeiros classificados. Fontes reconheceu que “foi uma boa manhã” de sábado e que “o balanço não deixa de ser algo positivo”, até porque, em «pezinhos de lã», ocupa a terceira posição no CPR.

Referência ainda, entre os concorrentes ao CPR Absolutos, para os dois furos (na 6.ª e na 8.ª PE) da dupla Bernardo Sousa/José Janela (Citroën C3 Rally2), que a fez perder quase três minutos e cair para o 11.º lugar final. Pedro Meireles/Pedro Alves e Paulo Meireles/Marcos Gonçalves, ambos em Hyundai i20 N Rally2, desistiram. Os primeiros, devido a um problema com o alternador do carro e os segundos por despiste.

No Campeonato de Portugal de Ralis 2RM (Duas Rodas Motrizes), Daniel Nunes e Liliana Costa, em Renault Clio Rally4, foram os mais rápidos, deixando a dupla Gonçalo Henriques/Gonçalo Cunha (Renault Clio Rally5) a 20,1 segundos, enquanto Ernesto Cunha e Rui Raimundo, em Peugeot 208 Rally4, completavam o pódio, gastando mais 37,3 segundos do que os vencedores.

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Para o Campeonato de Portugal Clássicos de Ralis só terminaram duas duplas: José Merceano e Francisco Pereira (Mitsubishi Lancer Evo IV) bateram por 43,8s Nuno Mateus e Francisca Mateus (Mitsubishi Lancer Evo VI). Já no Campeonato de Portugal Júnior de Ralis, a dupla Gonçalo Henriques/Gonçalo Cunha venceu, deixando Hugo Lopes e Tiago Neves (Peugeot 208 Rally4) a 1m03,8s, enquanto Kevin Saraiva e Beatriz Pinto (Peugeot 208 Rally4) encerraram o pódio, a 2m36,6s do vencedor.

No Campeonato Promo de Ralis, Vítor Pascoal e Luís Martins foram os mais rápidos, aos comandos de um Toyota Yaris N5. As duplas Rui Borges/Luís Ribeiro, em Mitsubishi Lancer Evo IX (+28,4s) e Pedro Silva/José Azevedo, em Nissan Micra N5 (+5m11,3s), completaram, por esta ordem, o pódio. Quanto ao Campeonato Promo Norte de Ralis, vitória também para Pascoal e segundo lugar igualmente para Borges. A dupla Jorge Carvalho/Fábio Reis, em Peugeot 208 R2, encerrou o pódio, com mais 4m23,9 do que o primeiro.

No que diz respeito às duas principais competições monomarca da Península Ibérica, a Peugeot Rally Cup Ibérica teve como vencedores os portugueses Pedro Antunes e Vítor Hugo, 35,3s, à frente dos espanhóis Fraga Gabeiras e Villamor Varela e como os também portuguese Ernesto Cunha e Rui Raimundo a fechar o pódio, 2m22m2s atrás. Já a Toyota Gazoo Racing Iberian Cup foi ganha pelo boliviano Bruno Bulacia (irmão de Marco), navegado por Jimenez Coronado. A dupla portuguesa Ricardo Costa/Rui Vilaça foi segunda (+54,1s) e a espanhola Alberto Monarri/Alberto Chamorro terceira (+1m26,7s).

Resta falar da Rally & You Portugal Cup: Pedro Antunes foi primeiro, Hugo Lopes, segundo, a 3m08,8s, e Kevin Saraiva, terceiro, a 4m41,6s.

Classificação final:

1.º Kris Meeke/Ola Floen (Hyundai i20 N Rally2), 1h07m33,6s

2.º Marco Bulacia/Diego Vallejo (Skoda Fabia Rally2 Evo), a 15,5s

3.º Alejandro Cachon/Alejandro Lopez (Citroën C3 Rally2), a 20,5s

4.º Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia Rally2 Evo), a 51,3s

5.º Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai i20 N Rally2), a 1m08,0s

6.º Miguel Correia/Jorge Carvalho (Skoda Fabia Rally2 Evo), a 1m25,9s

7.º José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën C3 Rally2), a 1m48,2s

8.º Norbert Herczig/Ramon Ferencz (Skoda Fabia Rally2 Evo), a 2m40,9s

9.º Rakan Al Rashed/Dale Moscat (Skoda Fabia RS Rally2), a 3m26,7s

10.º Pedro Almeida/Mário Castro (Skoda Fabia Rally Evo), a 3m35,8s

Esta foi a terceira prova do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) 2023 e segunda do novo formato do FIA-ERT (European Rally Trophy), que lideraram de início a fim.

Todos os resultados na página do Rali Terras D’Aboboreira.

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Fotos: Rali Terras D’Aboboreira