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Os utentes de São Cipriano, em Resende, afirmam que não têm médicos de família desde agosto. Já o ACES explica que a médica de família ficou de baixa no verão, devido a gravidez de risco, e até à data ainda não foi substituída.

O Agrupamento de Centros de Saúde Tâmega I – Baixo Tâmega (ACES) refere que após a ausência da médica de família “foram de imediato realizadas reuniões com os profissionais desta unidade, bem como com a coordenadora e equipa da UCSP de Resende no sentido de serem implementadas estratégias de resposta aos utentes de S. Cipriano. Desta forma, foi solicitada colaboração aos médicos da sede de Resende no sentido de priorizarem o atendimento dos grupos de risco e vulneráveis (crianças, grávidas, hipertensos, diabéticos)”.

No entanto, os doentes referem que se encontram sem acompanhamento e até sem acesso a medicação por não conseguirem atendimento no centro de saúde da vila ou nas urgências, segundo reportagem da TVI. Os utentes acrescentam ainda que não existem médicos que passem as análises ou os exames e que necessitam de deslocar-se até ao centro de saúde de Resende ou ir às urgências de Lamego, a 40 minutos da freguesia.

Já o autarca local afirma, em declarações à TVI, que mandou carta ao ministério da saúde e a “resposta que tive foi zero”.

No entanto, o ACES garante que a uma das médicas a exercer funções na sede foi concedido trabalho extra “para responder a necessidades destes utentes” e que a enfermeira da Unidade de S. Cipriano “assumiu a realização de consultas de enfermagem, comprometendo-se a articular sempre que necessário, com a coordenação da sede de Resende”.

Adiantando que “no âmbito do nº2 do artigo 17º do Estatuto do SNS”, foi solicitado a 28 de novembro de 2022 “a contratação de um médico(a) para substituição da profissional ausente, sendo que se encontra a decorrer o respetivo concurso, aguardando-se a sua conclusão a para breve”.

O ACES relembra ainda que o concelho de Resende “conta com um Serviço de Atendimento Permanente (SAP), em funcionamento 24 horas por dia” e assegura que “toda esta situação tem sido agilizada com o município de Resende, tendo sido sugerida a colaboração do mesmo no transporte dos utentes de S. Cipriano, para as consultas na sede”.