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Garcez Trindade foi reeleito, a 26 de setembro de 2021, como presidente da Câmara Municipal de Resende, tendo conquistado 49,01% dos votos, e conseguiu manter os quatro lugares na vereação. Desta forma, o médico de profissão cumpre os três mandatos à frente dos destinos da autarquia resendense. 

Numa entrevista cedida ao Jornal A VERDADE, o presidente destacou as principais prioridades para este mandato. Um dos principais é “a requalificação do nosso recurso endógeno, as Termas das Caldas de Aregos”

De acordo com o autarca, “é água que brota no subsolo a 67 graus e que alimenta as termas. É um local com carisma porque já vem dos nossos antepassados”. O objetivo é, então, “requalificar o local para acompanhar a atualidade. Modernizar as termas, pô-las competitivas. Desta forma, elaboramos um projeto com o arquiteto Paulo Moura e idealizámos uma ação geral para as Caldas de Aregos, que prevê a requalificação urbana do local e, depois, a requalificação do balneário e da zona envolvente, no sentido de tornar o local mais atrativo do ponto de vista turístico”.

O presidente recordou que o local terá a “segunda maior fluvina do rio Douro, com espaço para as embarcações e tem um acesso ao plano de água fantástico nas Caldas de Aregos. Depois teremos o balneário, a piscina e alguns equipamentos de apoio a este local que prezamos muito”, acrescentando a importância “da barca que atravessa o rio, que leva as pessoas de Resende para Baião”.

Segundo Garcez Trindade, esta requalificação está integrada no PARU – Plano de Ação para a Regeneração Urbana e no PAMUS – Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável. “Prevemos também a requalificação da zona envolvente, nomeadamente da Avenida das Tílias, que é uma avenida muito carismática das Caldas de Aregos”, frisou.

caldas de aregos

Todas as obras em realização nas Caldas de Aregos têm um custo superior a seis milhões de euros e “devem estar concluídas em 2023”. “Vamos transformar o balneário numa estância termal, onde as pessoas podem fazer tratamentos termais. O espaço terá alojamento, onde as pessoas podem fazer tratamentos prolongados. Vai ter também lagos de água quente, jacuzzi, piscinas exteriores”, exemplificou. 

“Vai ser feito também outro projeto, que está a ser tratado a nível da Direção Geral de Energia e Geologia, que é o projeto geotérmico, ou seja, é o aproveitamento da água que sai ali a 67 graus para aquecimento das próprias termas. Não há, neste momento, ativa nenhuma candidatura para esse efeito, mas penso que, desde que nós apresentemos o projeto, a Direção Geral de Energia e Geologia irá apoiá-lo porque é praticamente inédito”, explicou.

Toda esta empreitada conta com o apoio de fundos comunitários, através do PROVERE – Programa de Valorização Económica dos Recursos Endógenos. “São seis milhões de euros que estão em causa e que não se arranjam do pé para a mão”, constatou, acrescentando que “esta será a maior obra do concelho”, excetuando aquando a construção da ponte, que liga Resende e Baião. “É a obra mais importante. Penso que é também a obra mais imponente do ponto de vista financeiro da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa. Já foi enviada para o Tribunal de Contas e, quando for dado o aval, avançaremos. Estou convencido que, no mês de abril, conseguiremos iniciar as obras de requalificação do nosso balneário”, sublinhou.

O presidente defendeu que é necessário “dar destaque ao que Resende tem de melhor” e é nas Caldas de Aregos que está a “joia” do concelho. “É algo que podemos valorizar. Resende tem paisagem, tem o rio Douro, tem o acesso ao rio, não só físico mas visual, e temos de aproveitar”, concluiu.