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Rede de transportes das Comunidades Intermunicipais pode ser "uma aposta no futuro"

Redação

O secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel, esteve em Marco de Canaveses no dia 6 de dezembro a propósito da inauguração da Reabilitação da Área Envolvente da Estação de Caminhos de Ferro. No mesmo dia falou de uma possível aposta no futuro: "a criação de redes de transportes das Comunidades Intermunicipais (CIM)".

Carlos Miguel referiu que esta é "uma visão pessoal de quem acompanha o poder local, quem já foi autarca e que percorre o país inteiro, e partilha as dificuldades com cada um dos presidentes de câmara. Cada vez temos menos operadores de autocarros, cada vez são menos as empresas, os municípios abrem concursos e aparece uma pessoa a concorrer, isso quer dizer que não há concorrência e, por isso, o preço é sempre aquele que o operador quiser. O município não tem alternativa, por sua vez, o operador também não vai a todos os locais em que o município tem pessoas a residir e, por isso, havendo esta carência de resposta do setor privado, não vejo uma outra alternativa que não seja os municípios criarem essa resposta".

Esta ideia irá assentar na criação de redes de transportes a nível da CIM e não apenas dos municípios. "O território é mais vasto e as necessidades mais fáceis de completar e a rede será mais sustentável", acrescentando que "não quero mal nenhum aos operadores privados que terão oportunidades, nomeadamente, no transporte inter-cidades para os quais as CIM não estão vocacionadas". No entanto, destacou que este pode ser um projeto "para o futuro".

A este propósito, Cristina Vieira, autarca do Marco de Canaveses, referiu que são questões que têm de ser "trabalhadas. Ter recursos próprios da CIM que possam fazer os circuitos das carreiras, chamadas carreiras públicas é uma questão que tem de ser trabalhada".

Cristina Vieira destacou que o Marco de Canaveses vai implementar "o serviço à medida/transporte a pedido. No Marco de Canaveses não temos uma rede de transporte escolar, temos uma rede de transporte público que faz transporte escolar, e os utentes do Marco de Canaveses quando terminam o período letivo ficam altamente prejudicados porque há um número significativo de carreiras que deixa de existir e de fazer serviço público. Há uma situação ou outra que vamos colmatando com a empresa que está a prestar serviço no concelho mas, se as viaturas fossem pelo menos do município ou da CIM nós ajustaríamos as necessidades àquilo que é a realidade de cada território".

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