Raquel de Magalhães tem dedicado a vida a dar aulas de português no estrangeiro e à escrita. Recentemente, a escritora natural do Freixo, Marco de Canaveses, publicou o seu primeiro livro infantojuvenil, inspirado nos seus alunos, depois de já ter três obras publicadas.
A marcoense emigrou para a Alemanha em 2007, em conjunto com a família, após ter surgido uma oportunidade de dar aulas de português naquele país. “Antes de ir para a Alemanha dei aulas em Portugal de espanhol na Escola Secundária de Cinfães e na Escola E.B 2,3 de Rebordosa, em Paredes, mas como a situação dos professores não estava muito boa, decidi enveredar pelo ensino de português no estrangeiro”.
Passado 17 anos, Raquel de Magalhães partilha que se sente “feliz e realizada” com a sua escolha, no entanto confessa que gostava de regressar um dia e “lecionar numa escola em Portugal”.
Por enquanto, com 44 anos, vai continuar a “desfrutar” da vida na Alemanha e vir à terra natal “passar férias. Portugal é a minha casa”, destaca. No que toca à escrita, a marcoense confessa que pretende “continuar a escrever para crianças porque é uma linguagem totalmente diferente, tem de haver outro cuidado, temos de nos saber aproximar delas e dos seus interesses. É um estilo mais leve, a nível de compreensão tem de ser também diferente, embora pareça um livro mais fácil, tem a sua complexidade”, explica.
O livro conta também com ilustrações que devem ser pintadas de acordo com a descrição dos ambientes e personagens. “O livro tem ilustrações e quem for ler tem de pintar os desenhos consoante as características da história, adjetivos das personagens, cor dos cabelos e das roupas, por exemplo, para que haja uma componente interativa, não só ler, mas também aplicar o que foi lido para testar a compreensão deles, não é um livro exaustivo, é um livro curto, mas completo porque tem lá muita coisa a nível linguística que se pode apurar”.
Sem desvender muito, Raquel de Magalhães faz um resumo da história da obra: “O livro insere-se num cenário mágico, maravilhoso, focado em fadas e num mago. Conta o dia a dia das fadas num vale encantado e o contacto com os humanos”.
Embora tenha leitores na Alemanha, Raquel de Magalhães tem vontade de o apresentar ao povo português e garante que: “O livro em formato papel está a perder-se devido às novas tecnologias, mas é necessário e um livro é sempre um livro, porque permite compreender outros textos, mais tarde, e desenvolver o gosto pela leitura e literatura oral, mas também para escrever melhor. Devemos todos tentar acompanhar as novas tecnologias, mas também contrariar isso”.
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Resumo do livro
Abracadabra, Abracadabra, Plimplim.
Será que o Mago Galeão consegue a fórmula mágica para os que querem amar? Ou será apenas que quer enganar os habitantes do vale que vivem com os seus desgostos amorosos?
Será que as fadas sofrem por amor?
Quem nunca disse para o seu amado: gostas de mim? Quem nunca olhou para uma estrela e pediu para que o seu amado goste de si?
Haverá uma poção mágica para amar? As teorias amorosas estarão certas? Ou para o amor não há nenhuma teoria?
No mundo muitas vezes pautado por falsidade, ansiedade, incerteza, nada melhor que pedir ao Mago Galeão para construir, ou melhor, confecionar no seu caldeirão a poção mágica ideal para amar.