O Rancho Folclórico das Lavradeiras da Lixa foi criado a 14 de julho de 1990 e desde maio de 1991 que integra a Federação Portuguesa de Folclore. “Orgulhoso” dos mais de 33 anos de história está o presidente José Pereira Martins, que ajudou na fundação do grupo folclórico e que, passadas mais de três décadas, continua a levar o nome da freguesia de Vila Cova da Lixa e Borba de Godim e do concelho de Felgueiras, pelo país e ao estrangeiro.
Em entrevista ao Jornal A VERDADE, o dirigente recorda a criação do rancho. “Já havia vários grupos no concelho, mas fizemos aqui as festas do Divino Salvador e criamos um pequeno grupo da freguesia. Então, a partir daí, decidimos criar o rancho”, disse, recordando que “nos primeiros tempos, pensavamos que estavamos a fazer tudo bem, mas na realidade não estavamos. Então, depois fomos ajudados pela Federação Portuguesa de Folclore e, em menos de um ano, já estavamos federados”.
Composto por 52 elementos, o Rancho Folclórico das Lavradeiras da Lixa conseguiu “sobreviver” à pandemia, em que muitos grupos acabaram por fechar portas. “Temos muito orgulho, conseguimos manter o nosso rancho vivo, são e recomendável”, apontou.
Com o papel de “levar a cultura, os costumes, usos, trajes, cantigas e tocares”, o grupo continua a trabalhar. “Consideramos que somos uns bons embaixadores da nossa cultura, do nosso vinho verde, do nosso linho, dos nossos bordados… Tudo o que temos na Lixa e no concelho de Felgueiras”.
José Pereira Martins tem, atualmente, 78 anos e é um dos membros que toca concertina no grupo. “Não podemos tocar acordeão, nem queremos. Somos três a tocar concertina e temos outros instrumentos”, descreveu.
Temos de destacar a nossa cultura, os nossos costumes e é isso que tentamos fazer.
José Pereira Martins
O presidente mostra-se também orgulhoso por conseguir apresentar um grupo jovem, e garante que tem “relativa facilidade em cativar os mais jovens. Muita gente me pergunta, mas conseguimos cativar a juventude. Eu sou o mais velho do grupo”, disse, entre risos.
O Rancho Folclórico das Lavradeiras da Lixa “corre o país inteiro” e também realiza o festival habitual, onde há a permuta entre grupos. “Fazemos o intercâmbio, para mostrar os diferentes tipos de folclore que existem no país”, apontou.
Para que seja possível a realização de todas as atividades, o grupo conta com uma sede, no centro da cidade, e também com apoios da Junta de Freguesia de Vila Cova da Lixa e Borba de Godim e da Câmara Municipal de Felgueiras. “Atualmente andamos na campanha de Reis, que nos permite angariar verbas para as nossas coisas”, apontou.
O presidente do grupo folclórico deixou “um abraço a todos os amigos do Rancho Folclórico das Lavradeiras da Lixa” e também “a todos os grupos que continuam a dignificar o folclore em Portugal”.
