O Vodafone Rally de Portugal, que integra o calendário do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC) de 2024, vai ser disputado de 9 e 12 de maio. A adrenalina da prova do Automóvel Club de Portugal (ACP) já se fez sentir esta quarta-feira, 21 de fevereiro, com a revelação da novidade da dupla passagem no troço de Paredes.
Para além do tradicional Shakedown, Paredes será palco de uma “grande novidade. Pela primeira vez, vamos passar a ter dois troços. Estamos, neste momento, a aumentar o tamanho do troço, que eram cerca de nove quilómetros, para quase 16 quilómetros. Assim, vamos ter duas passagens no sábado, uma às 08h00 e outra às 14h00. Vai permitir que as pessoas na quinta-feira quebrem a ansiedade de ver os carros pela primeira vez, mas depois possam ir até ao monte e passar lá uma bela manhã”, começou por referir Alexandre Almeida, presidente da Câmara Municipal de Paredes.
Depois de uma ação de co-drive “espetacular” com um carro de competição na pista do Kartódromo de Baltar, com o piloto Miguel Barbosa, o autarca disse em declarações aos jornalistas que o “desporto automóvel tem sido importante para a valorização do concelho, e sobretudo, para a valorização deste cluster automóvel, que ,cada vez, mais se instala em Baltar, que se tem afirmado como a vila do desporto automóvel”.
Desporto automóvel de mãos dadas com a sustentabilidade
A Câmara Municipal de Paredes e o Automóvel Clube de Portugal (ACP) aproveitaram o momento para alertar para a sustentabilidade ambiental no Rally de Portugal, especialmente no Shakedown e na classificativa de Paredes.
Alexandre Almeida e Carlos Barbosa, presidente do ACP, acompanhados dos alunos da Escola Básica de Baltar, realizaram uma plantação de espécies autóctones, na zona envolvente ao Kartódromo e troço da passagem do Rally de Portugal.
“O rali é bonito, porque o vemos na natureza, mas também tem um caráter evasivo. O pouco que se possa contribuir para a poluição da floresta estamos a compensar com a redução da pegada ecológica, através da plantação de árvores autóctones e, sobretudo, fazê-lo com crianças, são eles que têm de ter esta sensibilidade para as questões ambientais”, referiu ainda Alexandre Almeida.
A ação de reflorestação insere-se no plano da política ambiental do Rally de Portugal, que prevê um programa de compensação de emissões de gases com efeito de estufa, promovendo ações de plantação de espécies autóctones nas zonas envolventes ao evento.
Em declarações à imprensa, Carlos Barbosa, presidente do ACP apontou para um desporto “cada vez mais limpo, porque os motores são cada vez mais híbridos, os combustíveis começam a ser sintéticos. Vinte e quatro horas depois da prova já não há lixo no chão. As pessoas têm tido o cuidado, não só de deixar nos recipientes no próprio dia, como depois as câmaras têm ajudado a limpar os sítios onde as pessoas passam. Todos os anos temos ganho as cinco estrelas da FIA, no que diz respeito à sustentabilidade. Portanto, estamos muito contentes e esta operação que fizemos em Paredes é mais um reforço nesse sentido”, sublinhou.
O Vodafone Rally de Portugal será a quinta etapa de um calendário que inclui um total de 13 ralis e Carlos Barbosa realçou a “sorte” pela realização da prova em Paredes. “Este troço é espetacular. De qualquer sítio, à volta, em nove minutos as pessoas estão no troço e podem vê-lo em segurança. É muito importante haver troços como este e, sobretudo, com esta segurança e com o acesso ao público como este tem“, concluiu.
