quinzinho castelinho
Publicidade

A devoção à Nossa Senhora do Castelinho é demonstrada de diversas formas. Se há quem faça a habitual peregrinação, há aqueles que o fazem de outra forma. É o caso de Joaquim Azevedo, ou Quinzinho, como é carinhosamente conhecido por aqueles que visitam o Castelinho. 

Encontra-se numa cadeira de rodas, devido a uma doença de caráter genético, que não lhe permite ter força nos músculos. Mas apesar de toda a sua situação, recebeu-nos de sorriso no rosto, naquela que é a sua “segunda casa”, o Santuário da Nossa Senhora do Castelinho.

Há quem diga que é o “guardião do Castelinho”, mas Quinzinho descarta esse título. “Gosto muito de vir para aqui, não me vejo noutro lado”, afirma. Todos os dias, de manhã e à tarde, anda naquele local sagrado e, quando há obras, “estou sempre lá, a ver o que se passa. Gosto muito de andar por aqui”, referiu. 

Quanto às celebrações anuais, Joaquim Azevedo admite que, inicialmente, “não era de participar muito”, mas houve um ano que decidiu “ir na procissão de velas. Cheguei lá em baixo e fiquei maravilhado com a celebração que é feita”. Hoje em dia, devido à mobilidade, já não participa na procissão, mas faz questão de ir “sempre à festa. Não vou lá em baixo, mas gosto de vir à festa e participar no que consigo”

A chegada do dia da Nossa Senhora do Castelinho tem, para Quinzinho, um sabor “agridoce”, porque significa também a chegada do outono. “O frio chega e eu tenho de estar mais por casa. No verão passo os dias aqui, venho conversar com as pessoas e participo nas celebrações. Mas no inverno não posso, tenho de estar em casa e vejo mais televisão”, descreveu. 

Joaquim Azevedo tem também uma forte ligação à Irmandade da Nossa Senhora do Castelinho, que foi a entidade responsável por lhe oferecer a primeira cadeira de rodas. “São muito meus amigos e eu agradeço-lhes por tudo o que fazem por mim, gosto muito de todos eles”, afirmou. 

O ‘guardião do Castelinho’ continua a passar os seus dias “junto da Nossa Senhora”, com quem “tem uma forte ligação” e garante, em jeito de conclusão, que não se vê a “viver noutro lado. Se me tirassem daqui, era matar-me”, finalizou.