A Quinta da Samoça é o resultado da paixão do seu criador pela terra que o viu nascer. Localizada na freguesia de Bem Viver, entre o Douro e o Tâmega, a Quinta da Samoça estende-se por patamares de terra cobertos pelas castas características do vinho verde, brancas e tintas. Apesar do Verde estar muito associado às castas brancas, sejam blends ou monocastas, segundo a responsável atual pelo projeto, Fernanda Coutinho, o Vinhão continua a ser uma “aposta ganha”.
A garantia do sucesso desta aposta é “o reconhecimento da sua qualidade nas provas nacionais”, nas quais lhe foi atribuída, por três vezes, a medalha de ouro nos Melhores Verdes da CVRVV, a última no concurso do ano transato. Mas também foi distinguido, com a medalha de ouro, no Concurso Asia Wine Trophy. Este reconhecimento internacional é “um estímulo para que o Vinhão não seja preterido em relação às outras castas características da região. Conseguimos mostrar que um produto local ou regional tem aceitação noutras áreas geográficas e, consequentemente, abre portas a novos mercados”.
De acordo com Henrique Aguiar, enólogo responsável da Quinta da Samoça, o Vinhão é um vinho “versátil com um perfil moderno que já ultrapassou a aceitação local e regional e atingiu um palco internacional, nomeadamente na Ásia. Esta expansão mostra que estamos no bom caminho e deixa-nos muito orgulhosos”.
A propósito de distinções, Fernanda Coutinho acrescentou que “o Quinta da Samoça Escolha também foi distinguido com a Medalha de Prata no Portugal Wine Trophy, no mesmo ano” e acrescentou “que todas as distinções são sempre bem vindas e são o reconhecimento da dedicação e do trabalho árduo e diário de toda a equipa, que ano após ano se dedica a este projeto. Sempre que um vinho nosso é galardoado em concursos nacionais ou internacionais estamos a contribuir para o reconhecimento da nossa região e para a qualidade dos vinhos da Rota do Marco de Canaveses”.
Relativamente ao mercado externo “é um caminho a percorrer, abrindo novos mercados, de modo a dar mais relevo a esta área de negócio”. A pandemia desacelerou as exportações e a situação da guerra que atualmente se vive na Europa também constitui um entrave.
Quanto à produção da Quinta da Samoça, “podemos considerar que foi muito boa, com aumento de produção significativo. Tivemos uma vindima seca e temos os vinhos muito aromáticos, com uma boca agradável e com um grau normal. O Vinhão está muito estruturado, como amadureceu bem, tem muita cor e uma boca muito suave”, explicou Henrique Aguiar.
Para Fernanda Coutinho, o “sucesso” da produção deste ano deve-se também aos investimentos feitos a nível da rega. “Estamos a implementar o sistema de rega gota a gota de modo a gerir, com mais eficiência, este bem comum e escasso que é a água, diminuindo os desperdícios e potenciando a rega. É uma aposta para continuar”, garantiu.
Para que os vinhos mantenham a qualidade já reconhecida, a Quinta da Samoça continua, ano após ano, a fazer reestruturação das vinhas, tendo terminado três hectares. “Todas as nossas referências já estão a ser comercializadas desde dezembro e com muita aceitação por parte dos nossos clientes”, destacaram os responsáveis.
Quanto à questão do que distingue a Quinta da Samoça, os dois responsáveis sublinharam: “o que nos distingue são os nossos colaboradores e os nossos clientes”, sublinharam os dois responsáveis.
