Os 50 anos de Casimiro Correia foram assinalados com um desafio concluído com “sucesso”, “muito duro” e que contou com o apoio “de todos”.
Com João (ACC Lixa), Fernando (Bicimarante) e o Zé (Bicimarante), o ciclista amador da Lixa propôs-se a percorrer 526 quilómetros de bicicleta da Lixa até Fátima e voltar. Uma forma de assinalar o 50.º aniversário, com “gosto e fé”, com o objetivo de ficar “gravado na memória”.
No dia 13 de julho, oito ciclistas partiram da Lixa rumo a Fátima e quatro deles realizaram o regresso ao ponto de partida. Um percurso de 21 horas e seis minutos “em cima da bicicleta. Foi um desafio muito duro, mas o apoio que todos foram transmitindo deu-nos mais força. É uma conquista de todos, o nosso muito obrigado”, agradece Casimiro Correia que não esquece “os restantes que fizeram a ligação até Fátima. Também foram importantes para o resto do desafio”.
O grupo saiu da Lixa por volta das 05h50 de sábado, tendo chegado a Fátima por volta das 18h00. O retorno ao Norte deu-se por volta das 09h00 domingo, com paragens para a alimentação.
O percurso já era conhecido, “porque já tinha feito o trajeto Lixa-Fátima várias vezes” e psicologicamente “estava muito bem. Não me foquei nos tempos o que foi uma mais valia. Depois teria de pensar que iriam três atletas (dois masculinos e uma feminina) e teríamos de respeitar um andamento mais calmo para concretizar o sonho deles também”, recorda Casimiro Correia.
O retorno, “o verdadeiro teste mental da viagem. O ciclista começou a “verificar um certo cansaço no pessoal, o que seria normal. Disse-lhes que o importante era chegarmos ao destino, fosse a que horas fosse. A malta voltou a sentir o espírito do desafio e aos 440 quilómetros estávamos à entrada de Espinho. As pernas começaram a não responder como queríamos e os 90 quilómetros restantes foram complicados”, continua.
O percurso final era “mais exigente”, mas o espírito de entreajuda foi “mais forte” para a chegada ao destino. “São momentos que jamais esquecerei. Tenho a agradecer a estes amigos que completaram o percurso total comigo, como aos restantes atletas e aos dois motoristas que foram excelentes no nosso desempenho final”, frisa.
Casimiro Correia garante que o desafio será “um marco” que “jamais” irá esquecer. “Ter estes amigos que me acompanharam e me transmitiram esta força deixou-me de coração cheio de felicidade”.
As ideias para o próximo desafio já estão ‘em cima da mesa’, e pelo caminho a “felicidade era tanta” que o grupo pensou em fazer “Lixa – Santiago de Compostela – Cabo Finisterra ou Lixa – Lisboa, Lixa – Serra da Estrela. E a mais emblemática delas todas seria uma travessia de Norte a Sul, mas para essa será preciso muita coragem e essa neste momento não tenho”, garante.
Natural da Lixa, o ciclista amador revela-se um “apaixonado” pela modalidade “desde pequeno”, mas aos 11 anos a paixão intensificou-se continua até hoje, porque quando está em cima da bicicleta “o único pensamento é o medo de cair. De resto, esquecemo-nos de tudo. É uma paixão enorme. Quando a gente gosta, por muito mal que fique, na hora pode dizer que nunca mais pega, mas quando nos recompomos queremos voltar ao mesmo”, garante o fundador da equipa Lixa BikeTeam.
Recorde aqui a preparação e a história de Casimiro Correia.
Artigo atualizado às 18h00 do dia 16 de julho de 2024.
