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PSD Paredes alerta para aumento de dívida do município. Alexandre Almeida desmente acusação

Redação

O PSD Paredes manifestou esta quinta-feira, dia 12 de outubro, "preocupação" com a situação financeira do município. Em comunicado, os democratas garantiu que a autarquia "aumentou 10 milhões em seis anos e o passivo total é de cerca de 200 milhões".

Na nota enviada às redações, Ricardo Sousa, presidente da CPS do PSD Paredes, alerta para uma dívida total na ordem dos "56 milhões de euros", sendo que em 2016 "não chegava a 46 milhões", representando assim "um aumento superior a 20% e um passivo total de 200 milhões de euros". Relativamente à receita, "em grande parte são impostos pagos pelos paredenses", afirma que "praticamente duplicou em apenas cinco anos. Era de 41 milhões de euros, em 2017, e passou para 79 milhões de euros em 2022. Essa receita também advém da venda de bens duradouros (património do município): 570 milhões em 2022", esclarece.

Para além dos números expostos, que "já demonstram alguma gravidade", os democratas apontam, também, para a situação financeira do município. "Analisando o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, que compara a situação financeira dos diversos municípios nacionais, vemos que o cenário é aterrador". Entre os vários pontos analisados, destacam que "num total de 308 municípios, Paredes é o que mais aumentou as receitas cobradas em 2022 (mais de 53% face a 2021); o que em 2022 mais agravou a dívida pública nacional (foram mais de 21 milhões de euros); o que tem a maior diferença negativa entre o valor da amortização de empréstimos e o valor de novos empréstimos; o 18.º na diferença entre a execução da receita e da despesa; o 13.º do ranking com menores resultados económicos líquidos", constata Ricardo Sousa.

Alexandra Almeida: "Mais um ato de tentar atirar areia para os olhos das pessoas"

Em resposta às acusações manifestadas no comunicado do PSD Paredes, o presidente da Câmara Municipal de Paredes, garante que é "mais um ato de tentar atirar areia para os olhos das pessoas. A dívida só aumentou no valor excecional do empréstimo que fizemos para o saneamento. Portanto, quem faz uma acusação dessas, é alguém que não queria que fizéssemos resgate do saneamento", disse Alexandre Almeida à margem do cerimónia de lançamento da primeira pedra e assinatura do auto de consignação para a construção de novo Lar em Sobreira.

O autarca destacou, também, o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, que "mostra que nós fomos dos municípios que mais investimentos nos últimos anos pagou. Fomos dos que mais reduziu o prazo médio de pagamentos e aquilo que já mostrei o ano passado e que vou mostrar novamente este, é que as dívidas em atraso continuam a diminuir, apesar de termos feito o resgate e a contração desse empréstimo", frisou.

Alexandre Almeida revelou, ainda, que os juros desse empréstimo "já foram pagos este ano. E vamos pagar para o ano e, mesmo assim, vamos ser capazes de libertar cerca de um milhão e 800 mil euros de resultados para fazer saneamento. Para além disso, já conseguimos com esta decisão captar três milhões de euros de investimento para fazer saneamento em Recarei-Sobreira e agora mais quase sete milhões no âmbito do PT2030". O presidente do município garante que "foi preciso coragem para assumir estas posições. Foi mais um acréscimo de trabalho que tivemos, mas entendíamos que não podíamos continuar como estávamos. Se não tivéssemos tomado esta decisão, comprometíamos a revisão do PDM que estamos a fazer, havia muitas zonas que, neste momento, são de construção e deixavam de o ser. Esta decisão tinha mesmo de ser tomada. Não li o comunicado, mas se disseram o mesmo que na assembleia e reunião de câmara é completamente falso", acrescentou.