O Partido Social Democrata (PSD) do Marco de Canaveses acusa Cristina Vieira de "desviar atenções" para justificar "suposta" violação dos deveres de neutralidade na campanha das últimas eleições autárquicas. Em reação ao comunicado da presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, a estrutura local do partido afirma sentir-se visada "de forma extemporânea e descontextualizada".
No âmbito da investigação a Cristina Vieira pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), Francisco Sousa, presidente do PSD Marco de Canaveses enviou um comunicado ao Jornal A VERDADE, cumprindo o exercício de "direito de resposta e retificação", previstos na lei.
A acusação inicial, divulgada pelo Jornal de Notícias, indica que Cristina Vieira está a ser acusada por "por suspeita de crime ao usar meios da autarquia para a campanha eleitoral de 2021". Em reação à acusação, a autarca reagiu em comunicado (pode ler noticia aqui), que para o PSD se apresentou como uma "tentativa desesperada de desviar atenções sobre a notícia avançada pelo Jornal de Notícias na passada segunda-feira".
Assim, o partido vê-se "obrigado a corrigir as inverdades proferidas pela presidente de câmara", começando pela tentativa de Cristina Vieira tentar "dar a entender que a responsabilidade desta investigação é do PSD. O PSD vai sempre exigir, seja qual for o assunto, a verdade e o estrito cumprimento da lei, algo que manifestamente não aconteceu durante a campanha eleitoral de 2021, facto esse que originou a queixa da Comissão Nacional de Eleições junto do Ministério Público pela existência de fortes indícios de suspeita criminal por parte de Cristina Vieira".
Os sociais democratas continuam o direito de resposta destacando o ponto em que Cristina Vieira afirma que "as instituições devem ser preservadas e protegidas contra denúncias". Trata-se de uma "tentativa de confundir os leitores sobre quem é alvo desta investigação. Pois importa destacar que é a presidente de Câmara, Cristina Vieira, que está a ser investigada e não a autarquia e, por isso, é a sua pessoa que incorre em risco de pena de prisão até dois anos e coima de 15 mil a 75 mil euros, pagas pelo próprio bolso, e não a expensas municipais".
Por último, o PSD alerta Cristina Vieira para que "não misture a conduta pessoal enquanto presidente de Câmara e enquanto dirigente do Partido Socialista (PS) com aquilo que é a idoneidade da instituição Câmara Municipal de Marco de Canaveses, que merece respeito por representar a totalidade dos marcoenses. Ao contrário do que refere Cristina Vieira, a integridade da instituição não está em causa pois, felizmente, a maioria dos responsáveis políticos, assim como todos os funcionários têm, ao longos de muitos anos, zelado pelo bom nome da nossa terra".
Para Francisco Sousa Vieira, "é tempo da presidente de câmara assumir as suas responsabilidades, porque os marcoenses estão cansados de farsas políticas. O orçamento da câmara tem de estar ao serviço das pessoas e não ao serviço de Cristina Vieira e da sua imagem", conclui.
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