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O projeto Porta 46 d’Amarantina nasceu dentro do grupo que organiza a Festa Amarantina, de forma a acrescentar uma dimensão sustentável, solidária e humana e “chegar a toda a gente”.

Desta forma, a festa é organizada anualmente e, segundo a equipa, despertou uma necessidade no grupo “de acrescentar mais alguma coisa a esta rua, conhecida entre nós por Rua da Cadeia”.

Já o nome “Porta 46” surgiu porque o trabalho desenvolvido pela equipa decorre num espaço sob o número 46, para além disso, a grupo refere que “a porta abre todos os dias, acompanhando a luz solar, sendo, assim, um espaço completamente ecológico que se quer auto-sustentável e auto-gerível”, indo ao encontro dos princípios do projeto.

Desta forma, o local tornou-se parceiro “desde a primeira hora. Alguns de nós são possuidores do espaço físico onde se situa esta Porta tão especial e foi feito um contrato de comodato entre os seus donos e a junta de freguesia”, explica o grupo em nota de imprensa enviada ao Jornal A VERDADE.

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Foto: Porta 46

O principal objetivo do Porta 46 é “chegar a toda a gente” e a equipa refere que isso já tem acontecido apesar do projeto ser recente. Desta forma, “recebem, recuperam e partilham peças diversas, brinquedos, móveis, roupas, entre outras coisas” e procuram abranger diversas faixas etárias, desde o recém-nascido até ao mais idoso.

O “Porta 46” faz questão de se manter atualizado diariamente, principalmente, através das suas redes sociais, garantindo que “há novidades e movimento”. Ao projeto têm se juntado moradores, vizinhos, amigos e familiares e, todos em conjunto e de forma voluntária, têm acrescentado “sinergias, fazendo questão de não se organizarem em associação ou o que seja de mais institucional”.

Apesar grupo ser recente, vários elementos foram marcados pelos momentos que partilharam com “refugiados sírios e mais recentemente ucranianos”.

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Foto: Porta 46

A par do trabalho desenvolvido pelo grupo, esta iniciativa também pretende servir de exemplo e “desenvolver a educação para a solidariedade e sustentabilidade”, bem como, o “sentido de pertença à comunidade”. No fundo, a equipa ambiciona contribuir “para aumentar o bem-estar geral, reduzir o desperdício, diminuir a pegada ecológica, praticar, cada vez mais, uma política económica circular”, porque acrediram que “o que não serve a uns num dado momento pode servir para outros nesse mesmo momento”.

Ao acompanhar de perto os casos, a equipa do “Porta 46” identificou que “há muitas pessoas a precisarem de ajuda a vários níveis, de uma ajuda desinteressada, anónima, voluntária, que não registe nomes nem moradas, ou seja, do mais pobre ao mais rico. Que chegue até aos que agora estão a passar necessidades, mas têm vergonha de o demonstrar.

Por fim, o projeto deixa um apelo à população para que “não deixe mobiliário, brinquedos, roupa… em excelente estado, nos contentores do lixo espalhados pela cidade e pelas freguesias deste concelho”, porque acreditam que dessa forma será mais fácil “atingir plenamente os nossos objetivos”.

Pode consultar mais informações sobre o projeto através do Instagram e da página de Facebook.

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Foto: Porta 46