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Professores da Escola Secundária de Amarante, do Agrupamento de Escolas Amadeo de Sousa Cardoso e do Agrupamento de Escolas de Amarante reuniram-se na segunda-feira, 12 de dezembro, em frente ao edifício da câmara municipal na “luta pela defesa da escola pública”.

Alice Sousa, professora na Escola Secundária de Amarante, marcou presença na concentração e em declarações ao Jornal A VERDADE explica que todos os colegas reivindicam “dignidade na carreira. Somos avaliados e não é justo. Por exemplo, um aluno está numa turma de 20. Cinco alunos tiraram 20, mas com as quotas não podem, porque só um é que pode ter essa nota. Temos de nos reunir para ver que parâmetros podemos alterar, até descer. De excelente passamos para bom porque não podemos ter excelente”, explica.

Uma outra reivindicação são as vagas nos escalões. “Trabalhamos nove anos afincadamente e o ministério ainda não nos devolveu os seis anos de trabalho, que são nossos. Merecemos esse dinheiro, se trabalhamos temos de o receber”, acrescenta.

Alice Sousa aponta ainda para a “a mobilidade por doença” e para a nova proposta, na qual “o conselho local de diretores decide qual o perfil de docente que quer para a sua escola. É um processo que fica sujeito a mais enviesamentos”.

Para a professora, Portugal está “a perder liberdade e parece que estamos quase a viver numa ditadura”. Para além disso, “não há professores para as necessidades que temos atualmente. E vai haver muito mais, quem quer ser professor com uma desmotivação destas?”, frisa.

Este é o segundo dia da greve nacional da classe, organizada pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP) e que irá continuar “por tempo indeterminado”.