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Polícias municipais de várias regiões de Portugal protestam por uma “revisão rápida do estatuto e da carreira dos agentes da polícia municipal“, numa greve nacional que decorre esta quarta-feira, dia 14 de setembro, junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.

Da Polícia Municipal de Felgueiras deslocaram-se a Lisboa seis elementos. Os agentes da Polícia Municipal da câmara de Lousada aderiram na totalidade. Fonte da Polícia Municipal de Paços de Ferreira confirmou a presença de oito agentes na greve.

Pedro Oliveira, presidente do Sindicato Nacional das Polícias Municipais (SNPM), afirmou que “espera uma adesão de cerca de 500 agentes, vêm cinco autocarros, um do Algarve, quatro do Norte, veio pessoal de Ponta Delgada e agentes da região de Lisboa”.

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Foto: Pedro Oliveira

O presidente explicou a principal reivindicação da polícia municipal que passa pela “revisão rápida do estatuto e da carreira dos agentes da polícia municipal e o que motivou a greve foi a valorização salarial que o governo fez ao pessoal do início da carreira da administração pública, em que aumentou os assistentes técnicos em 47 euros e deixou os agentes com um vencimento inferior.”

Acrescentou que anteriormente o salário era “equiparado”, o que considerada “errado”, porque “a nossa função é muito mais tenicamente específica e de risco, mais exigente, mas agora o governo conseguiu-nos pôr com um salário superior apenas em quatro euros ao ordenado mínimo, nós não podemos tolerar isso”. 

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Foto: Pedro Oliveira

Pedro Oliveira refere, ainda, que o governo “nunca correspondeu” às necessidades dos polícias municipais. “São três governos sucessivos do PS, com os quais temos tentado acertar negociações, no sentido de trazer alguma justiça a esta profissao. Têm regulamentado outras profissões, a nossa está por regulamentar desde 2009, isto é desprezo, falta de respeito e consideração, espero que não seja intencional, que seja meramente falta de atenção”. 

As consequências diretas resultam numa “profissão moribunda, os agentes vêm os outros [administração pública] a receber mais 47 euros e a trabalhar no mesmo local com funções de menor exigência… é uma desmotivação completa. Está em causa o interesse público e a segurança”, acrescenta. 

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Foto: Pedro Oliveira

Termina por destacar que a polícia municipal é “um serviço de proximidade, a primeira a surgir na ocorrência, que fiscaliza venda ambulante, feiras, estabelecimentos, legislação estradal, estacionamentos, viaturas em trânsito, é isso que traz qualidade de vida às cidades, que faz com que as pessoas saiam das suas casas e haja higiene nos passeios”, frisa.

A manifestação teve início às 11h30 com concentração no Largo de Santos e marchou até à residência oficial do primeiro-ministro.

Texto redigido com o apoio de Daniela Lenchyna.

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Foto: Pedro Oliveira