O Serviço Municipal de Proteção Civil do Marco de Canaveses encontra-se a promover a campanha ‘Protegidos 2024’, que tem o objetivo de apoiar os peregrinos que se encontram a fazer a peregrinação a Fátima.
Bruno Monteiro, coordenador municipal da proteção civil, afirmou que esta iniciativa “parte de um processo de intenção da presidente de câmara aquando de uma visita que fez em 2023 a estes grupos. Neste caso, são 300 elementos que estamos a apoiar diretamente, divididos em quatro grupos”.
Esta é uma iniciativa que pretende auxiliar os peregrinos no que à segurança diz respeito. “Neste caso, no início, no percurso e também no final. Além da questão da segurança, estamos a distribuir material de vestuário de alta visibilidade para que eles possam percorrer os caminhos e serem avistados com mais facilidade. Estamos a distribuir, também, material de apoio médico para que no final possam fazer os tratamentos que julguem necessários”.
Bruno Monteiro defende que, do ponto de vista da segurança, é “muito importante” este tipo de apoio. “Estamos a fazer isto durante toda a semana, vamo-nos desdobrando nos vários grupos e relembrarmos o que tem de ser a ação em prol da segurança de todos”, frisou.
Em Águeda encontramos um grupo de Soalhães, do qual Joaquim Serra é responsável. Há 33 anos que faz o percurso até Fátima, sempre como organizador, e o que começou com “sete ou oito pessoas”, hoje em dia já vai em mais de 50. “A logística é complicada, mas é algo que se faz com muito gosto e fé. Sem fé já não ando. Os primeiros dez anos vim com promessa, agora não, só venho agradecer”, afirmou.
O peregrino garante que, enquanto conseguir, organizará esta peregrinação até ao Santuário de Fátima. “Hei-de fazer enquanto conseguir. Conto com a ajuda das minhas filhas e há sempre pessoas que vêm para nos ajudar”, disse, deixando o convite: “para fazerem a peregrinação, vale a pena”.
Já em Coimbra fomos encontrar um grupo de Bem Viver, que tem Cristina Pinheiro como responsável, sendo mais de 100 os peregrinos que fazem parte deste grupo. “Os meus pais faziam a peregrinação, no total já são mais de 40 anos. É uma tradição de família”, começou por explicar.
Entretanto os pais deixaram de conseguir organizar e a responsabilidade passou para Cristina Pinheiro, que já é responsável há mais de 15 anos. “Dá muito trabalho, mas no final compensa. Começamos a preparar tudo em meados de fevereiro, para que não falte nada”, referiu, acrescentando que, durante os seis dias de peregrinação “os dias começam às 4h00 da manhã e só terminam depois da meia noite. Mas vale a pena”.
Os membros do grupo são oriundos de várias freguesias do concelho, havendo, inclusivamente, membros de Cinfães. “Em dezembro do ano passado já tinha quase tudo cheio para este ano. Conto com ajuda de pessoas voluntárias, do meu marido e do meu filho, que tiraram férias para me ajudar. Este ano também contamos com a Fundação Santo António, que nos cedeu uma carrinha, que foi muito importante”, finalizou.
A previsão é que os dois grupos cheguem a Fátima no próximo sábado, dia 11 de maio, terminando mais uma peregrinação.
