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Um amor que passa de geração em geração. É esta a forma de descrever a ligação da família Sousa à Banda de Música de Rio de Moinhos, no concelho de Penafiel. No Dia Mundial da Música, que se celebra este sábado, dia 1 de outubro, o Jornal A VERDADE traz-lhe a história desta família.

“A ligação à banda de Rio de Moinhos é antiga. O meu pai foi sócio durante muitos anos, nunca chegou a aprender música, porque não teve essa possibilidade”, começou por explicar Joaquim Manuel de Sousa, hoje em dia presidente da banda.

A paixão pela música foi, então, passada para os cinco filhos que aprenderam um instrumento cada. “Quis que todos os filhos aprendessem música. Somos cinco e quatro andam ou andaram na banda de música, só a minha irmã mais velha é que não andou”, disse.

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Quando os irmãos começaram, as aulas eram dadas pelo maestro, que ensinava todos os instrumentos. “Na altura, éramos encaminhados para os instrumentos que faziam mais falta na banda. Havia essa a possibilidade de escolha, dentro daquilo que havia falta. O maestro tentava ver em nós certas características e adequar aos instrumentos que seria mais aconselhável”, sublinhou.

Joaquim Manuel de Sousa entrou para a banda aos 16 anos, porque “na altura a formação era bastante diferente” do que acontece hoje em dia. “Começávamos com o solfejo, andávamos dois ou três anos e depois começávamos a aprender o instrumento, andamos mais dois anos e depois é que entrávamos para a banda. Atualmente, temos uma escola de música com vários professores, sendo que a maior parte são músicos da banda”, explicou.

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A filha de Joaquim Manuel de Sousa, Maria de Sousa, também já é membro da banda. “Eu nunca a influenciei, mas ela escolheu clarinete, o mesmo instrumento que eu também tinha escolhido no início. Hoje em dia estou na precursão”, constatou, acrescentando que “a sensibilidade musical passa de geração em geração”, uma vez que também os seus sobrinhos são membros da banda.

De acordo com o presidente da banda, “valeu a pena esforçamo-nos. Ficamos orgulhosos porque conseguimos passar o testemunho para os nossos filhos e vê-los crescer com uma dimensão ainda maior do que a nossa é muito bom. Estão a encarar a música, não só como um divertimento, mas também como algo de futuro”, recordando que a sua filha também frequenta o Conservatório de Música do Vale do Sousa, em Lousada.

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Joaquim Manuel de Sousa sente-se “orgulhoso” por ter “concretizado aquilo que o meu pai não conseguiu. Eu e os meus irmãos conseguimos concretizar e é um orgulho ver os nossos filhos a seguir o mesmo percurso, mantendo sempre a ligação à banda”.

De acordo com o presidente, a Banda de Rio de Moinhos “é como uma família”, contando com várias histórias, ao longo dos anos de existência. “É uma grande família, composta por várias famílias de sangue, com um gosto em comum: a música”, concluiu.

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