Pedro Pires foi um dos melhores alunos da Escola Secundária de Lousada, tendo terminado o curso de Ciências e Tecnologias com uma média final de 20, uma nota que "acabou por acontecer devido ao meu trabalho", explica.
O aluno conseguiu terminar o secundário com a média mais alta possível o que lhe permitiu entrar no curso de Engenharia Informática e Computação na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
"Acho que foi merecido, gostei muito de ter alcançado este objetivo e tornei-me mais realizado", conta em entrevista ao Jornal A VERDADE o agora estudante universitário.
O jovem admite ter seguido um curso de engenharia pelo seu "interesse na área da tecnologia, porque ela tem um claro impacto global que nos deixa resolver muitos problemas de forma criativa e eficaz e ser engenheiro é sobre isso mesmo".
O curso da Universidade do Porto também era apelativo pelas "muitas oportunidades de trabalho e posso realmente trabalhar em várias áreas do conhecimento e também em vários ramos", acrescenta o aspirante a engenheiro.
O antigo aluno da secundária de Lousada olha agora para o futuro pensando já em fazer mestrado para poder "realmente trabalhar em áreas que me fascinam como a cibersegurança, a engenharia de software ou até a inteligência artificial".
Um tópico recente e cada vez mais relevante a Inteligência Artificial (IA) já faz parte do leque de conhecimento dos futuros engenheiros que estão agora a iniciar a sua formação.
"Os nossos professores já nos avisaram várias vezes que nós agora temos mais um concorrente que é a IA", salienta Pedro Pires. No entanto, apesar da "ameaça" da IA o estudante adianta que esta "pode ser uma concorrente ou uma ajuda, depende da perspectiva".
O próprio acrescenta que "gostava de trabalhar numa área dessas, acho que é uma possibilidade, porque eu acho que é uma grande revelação principalmente deste século do século XXI a inteligência artificial veio para mudar o jogo realmente".
A IA tem sido um tópico cada vez mais prevalente nas discussões sobre o futuro do mercado do trabalho, um assunto que o ainda jovem estudante vê da seguinte maneira: "A inteligência artificial vai acabar com alguns trabalhos mas vai criar outros e cabe-nos a nós ser capazes de nos adaptar e eu acho que a adaptabilidade é uma característica nossa muito importante que nós temos para conseguirmos mudar e reinventar-nos".
Assim, com uma ideia para o futuro e um curso de três anos para concluir, Pedro Pires para agora para refletir sobre o que o ajudou a alcançar os seus objetivos durante o período do ensino secundário.
"No secundário é muito importante começar a explorar diferentes áreas de interesse porque nesta fase já convém termos uma ideia do que queremos fazer", adianta o jovem.
Quanto a esta ideia de exploração, Pedro Pires conclui por afirmar: "acho que é importante para os alunos, e isto era uma dica que eu gostava que me tivessem dado mais cedo, que era para eles procurarem iniciativas dinamizadas pelas universidades ou politécnicos porque aí é que eles realmente têm contacto com a universidade, com os seus alunos e com o próprio curso".