pedro oliveira dj resende
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Para uma criança que não sonhava trabalhar na música, o que conquistou até aos dias de hoje “já é bom”. Palavras de Pedro Oliveira, artisticamente conhecido como DJ AFROPEET, que lançou recentemente o primeiro original.

“Após noites seguidas, a sonhar com claps, congas, bongós e melodias atrás de melodias, eis que surge o meu primeiro Single Original. Um estilo de música que vai muito ao encontro daquilo que é o meu gosto”, diz o jovem de 26 anos.

Natural de Vila Nova de Gaia, e depois de uma passagem por Lamego, foi em Resende, mais precisamente na freguesia de São Cipriano, que Pedro Oliveira cresceu. Aos 10 anos mudou-se, de malas e bagagens, para a terra das cerejas e, ainda criança, sentiu “algumas diferenças, mas correu tudo bem”.

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Mais tarde, com 18 anos, ‘acordou’ para o mundo da música, por influência do, então, colega de casa. “Quando saí da escola comecei a trabalhar e, na altura, dividi casa com um colega que era DJ. Ele tinha o material em casa e fui experimentando. Ele passou-me o ‘bichinho’, ganhei o gosto e decidi apostar”, recorda.

A primeira vez que tocou para um público foi em 2017, numa festa de uma freguesia e, “apesar de não ter muita gente, estava nervoso, porque era a primeira vez”, garante Pedro Oliveira que explica a origem e “escolha difícil” do nome artístico. “Tentei criar um nome que ligasse o gosto pelo Afro Houve e o meu nome”.

Seguiu-se uma pandemia, momento em que o jovem decidiu “tentar começar a produzir”, porque “não queria estar parado. O primeiro original surgiu a 17 de maio deste ano, um “sonho concretizado, mais ligado ao que eu gosto. Era o que queria mesmo. Já não tem nada a ver com o que produzia“.

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“O estilo de música ainda não é muito bem aceite no concelho”

Atualmente, o jovem DJ é residente, às sextas-feiras num bar em Vizela e atua um pouco por toda a região. Conciliar o negócio na padaria e pastelaria com a música “é difícil, mas consigo. Há noites em que durmo cerca de três ou quatro horas. Mas quem anda por gosto não cansa”, garante o DJ.

Quanto ao concelho em que vive, Pedro reconhece que “tem muitas coisas boas, mas não é um estilo de música que as pessoas apreciem. As pessoas conhecem-me a mim e ao meu trabalho, só que o estilo de música ainda não é muito bem aceite no concelho”, lamenta.

A família “apoia a 100%” um objetivo que “já tinha há muito tempo”. Para já, DJ AFROPEET quer “aproveitar o sucesso deste trabalho. É trabalhar neste processo dos originais, já que a editora abriu portas e gostou do meu trabalho. Mas tenho outro a caminho, espero que saia em junho”.

Pedro Oliveira termina com um agradecimento ao produtor Di Jamituh, que “teve uma mão especial no primeiro original” e à editora (Capote Records) pela “oportunidade”.