pns baiao incendios 2024
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Alguns dias após os incêndios que lavraram em vários pontos do país, o secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, realizou visitas aos territórios afetados.

Esta segunda-feira, 23 de setembro, Pedro Nuno Santos visitou alguns pontos de Baião que foram consumidos pelas chamas e, posteriormente, reuniu-se com autarcas dos municípios de Baião, Gondomar, Marco de Canaveses, Paredes e Santo Tirso, no Mosteiro de Santo André de Ancede – Centro Cultural.

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Para o responsável socialista é “importante perceber o que correu bem e mal e tirarmos lições para o futuro. Não podemos dar atenção mediática aos incêndios apenas quando estão a ocorrer, é preciso fazer trabalho a seguir e, parte dele, passa por identificar o que não correu bem, nomeadamente no distrito. Baião e Gondomar foram concelhos onde houve, claramente, falta de meios. São vários os autarcas que se queixam de coordenação política no combate aos incêndios”, começou por referir aos jornalistas.

No final das visitas, Pedro Nuno Santos apontou críticas à ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, pela ausência “durante aqueles dias. Não faz o combate, mas há um dever de comunicação com os autarcas e com o país”.

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O concelho de Baião enfrentou uma situação “de grande desespero, estamos a falar de mais de metade da superfície do concelho ardido. Por isso, o primeiro objetivo foi manifestar a nossa solidariedade. É o primeiro gesto que qualquer político com responsabilidades nacionais pode fazer, neste caso ao concelho de Baião”, sublinhou o secretário-geral do PS.

Quanto aos apoios anunciados pelo Governo, para as famílias afetadas pelos incêndios, Pedro Nuno Santos espera que seja “um processo célere, nomeadamente para quem perdeu as habitações e terras que eram fonte de rendimento. É importante que os apoios anunciados se efetivem e rapidamente cheguem”.

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Dos cerca de 12 mil hectares área florestal do concelho de Baião, arderam cerca de 6.500 hectares. A estes números acrescem a perda de quatro casas de primeira habitação, duas de segunda habitação (uma delas completamente destruída). De acordo com a última atualização relativamente aos danos causados pelos incêndios, sabe-se que 46 habitações devolutas que foram consumidas, para além de mais de duas dezenas de viaturas. “Esse levantamento está a ser mais difícil porque temos uma agricultura de subsistência”, revelou Paulo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Baião, garantindo que “o que importa é atender, de imediato, às pessoas que estão a passar por dificuldades. Estamos a fazer, desde a primeira hora, um acompanhamento. Fizemos evacuações, depois verificamos se há necessidade de bens essenciais, nomeadamente a essas famílias que ficaram sem a primeira habitação. Estamos também a fazer visitas a cada um deles e a ajudá-los, porque há um levantamento que está a ser feito através da Comissão da Região Norte e que, em articulação com os presidentes de junta, estamos a encaminhar todos esses processos”, explicou o autarca.

Paulo Pereira não tem dúvidas de que há um “desafio muito grande pela frente” no que diz respeito ao turismo e alojamento local e apontou para o “ordenamento das florestas e a falta de meios” como principais causas dos incêndios.

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