pedro moreira voluntariado penafiel
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Pedro Moreira tem 29 anos e partiu, pela terceira vez, para São Tomé e Príncipe. Este ano voou até à ilha na companhia do pai e de uma amiga da família, para juntos ajudarem “uma pequena gota num oceano imenso de necessidades”.

O penafidelense formou-se em enfermagem, a profissão que está na base do desejo “de apoiar diretamente o próximo, aquele que necessita, e também de nos capacitar na relação com os outros. Em saber escutar os outros”, mas também a ligação à igreja foi “um fator” de incentivo para querer ajudar o outro. 

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Pedro Moreira iniciou uma jornada solidária por São Tomé e Príncipe há seis anos, quando decidiu integrar um projeto missionário: “O Grão”. Esta iniciativa pretende “formar voluntários para que durante dois meses estejam em missão num país da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa)”. O jovem acabou por ser um dos selecionados a quem coube voar até São Tomé e Príncipe. 

O enfermeiro confessa que “melhor sorte era impossível”. No regresso a Portugal, vinha com uma “mala” recheada de experiências, memórias e partilhas. Um entusiasmo que acabou por “despertar” nos pais que, três anos depois, foram conhecer a realidade deste país durante uma semana. 

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“Nesta ilha os amigos multiplicam-se”, é desta forma que Pedro Moreira olha para um país no qual deu e recebeu muito. Este ano decidiram regressar, a mãe do penafidelense, por “indisponibilidade”, não pode juntar-se à aventura e, por isso, Pedro Moreira desafiou “uma amiga da família”. De malas feitas partiram os três para uma missão de voluntariado. 

A cada vez que volta, Pedro Moreira sente que o povo “os recebe de coração aberto. Mesmo com as limitações do país e com as condições às quais não estamos habituados na Europa”.

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Na ilha, os três penafidelenses têm procurado “distribuir roupa às pessoas mais carenciadas que vivem nas roças, mas também algum material escolar às escolas mais desfavorecidas e brinquedos para as crianças”. Atos que têm sido “o suficiente para arrancar sorrisos e abraços deste povo”.

Esta experiência tem enriquecido a vida pessoal e profissional de Pedro Moreira que encontra “hospitalidade, simpatia, um clima agradável e novas amizades. Começamos a ser rostos familiares aqui”. 

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Embora saibam que estão a ajudar dezenas de vida, o sentimento de “impotência” continua presente. “São tantos os sítios que queremos visitar e acabamos por perceber que o que trazemos não dá para chegar a todo o lado”.

Apesar das dificuldades, no final do dia, uma simples conversa continua a ser o “suficiente para tornar o dia melhor”.