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PCTP/MRPP: "O combate à pobreza é a principal medida, porque é uma desgraça nacional"

Redação

No próximo dia 10 de março, os portugueses serão chamados às urnas para eleger os deputados que vão representar os eleitores na Assembleia da República.

Nesse âmbito, o Jornal A VERDADE esteve à conversa com António Pedro Ribeiro, cabeça de lista do PCTP/MRPP no círculo eleitoral do Porto, que nos apresentou os objetivos do partido, os contributos que poderá dar para o distrito e a medida mais urgente a tomar após as eleições.

Quem é o António Pedro Ribeiro?

Sou cabeça de lista pelo distrito do Porto, tenho 55 anos e sou vocalista da banda Sereias. Sou poeta, escritor, licenciado em sociologia, fui jornalista, fui professor, fiz secretariado e tive outras atividades. Fui ativista estudantil, antes de estar no PCTP/MRPP estive noutros partidos. Tive um longo percurso político, tive muitas atividades culturais junto de associações e sempre estive ligado à parte política.

Quais são as prioridades e/ou contributos que o PCTP/MRPP pode dar ao distrito?

Uma das questões fundamentais é o apoio à luta dos agricultores, que tem sido, ultimamente, uma luta fundamental e que também se tem estendido por toda a Europa e por todo o mundo.  Os agricultores têm sentido uma grande quebra nos seus rendimentos e tem sido uma classe muito pouco apoiada pelo Governo e tem-se sentido isso, principalmente nas zonas rurais, e particularmente na região do Tâmega e Sousa, queremos dar o apoio do nosso partido à luta dos agricultores.

Queria falar também da questão dos transportes, que tem sido muito descurada ao longo dos anos, principalmente a partir do Governo de Cavaco Silva, principalmente ao nível do transporte ferroviário, que foi completamente abandonado, houve linhas desativadas. O Governo PS tentou fazer alguma coisa mas não foi suficiente, precisam de ser ativadas novamente. Ao nível das freguesias rurais, é preciso mais autocarros, mais frequentes. 

Outra das nossas lutas é a dos músicos do centro comercial STOP, na cidade do Porto. Já tomamos uma posição sobre isso, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, tem tentado acabar com este centro comercial, tem-no deixado ao abandono e já houve muitos músicos a abandonar, aquele que foi um viveiro de várias bandas no Porto, algumas conhecidas outras não, mas que cresceram lá. Tem sido uma espécie da segunda casa da música. Tem-se feito várias manifestações na cidade e Rui Moreira tem sido muito prepotente e que tem imposto sempre a sua vontade e tem mentido sistematicamente e quer transformar aquilo num hotel de luxo. 

Ao nível da cidade do Porto também defendemos a limitação da utilização do automóvel na cidade, o maior uso dos transportes públicos, principalmente dos autocarros. Para ajudar a nível da poluição.

Se for eleito, qual será a medida mais urgente a tomar?

A primeira medida a implementar seria o combate à pobreza. O país está a entrar numa espiral de pobreza, o desemprego está novamente a aumentar, a habitação está extremamente cara, as pessoas com o salário mínimo, e mesmo com o salário médio, não conseguem arrendar casa. Só há 2% de habitação pública.

O combate à pobreza é a principal medida, porque a pobreza é uma desgraça nacional, há muitas pessoas sem abrigo, principalmente nas grandes cidades, o que é uma grande tragédia, não tem sido combatido, é muito degradante, é importante colocar um ponto final.

É preciso fazer uma revolução neste país, é preciso mudar de sistema.