Paulo Araújo Correia assumiu a disponibilidade para ser candidato à presidência da Câmara Municipal de Penafiel nas eleições autárquicas de 2025. A aprovação formal, pela Comissão Política, decorrerá na próxima segunda-feira, 16 de dezembro. No dia seguinte, o nome aprovado será ratificado na Comissão Política Distrital.
"Vou apresentar-me como candidato à Comissão Política Concelhia e demonstrar a minha disponibilidade para encabeçar a lista da candidatura à Câmara Municipal de Penafiel. É minha expetativa merecer a confiança nesse projeto", disse o socialista em declarações exclusivas ao Jornal A VERDADE.
As prioridades do atual projeto seguem o lema "Ser Penafiel", da anterior candidatura, que tinha como uma das "grandes bandeiras" a habitação, um "problema que está longe de ser resolvido e que, nos últimos anos, se agravou. É uma questão não apenas de Penafiel e da nossa região, mas sim nacional e diria mesmo mundial", sublinhou.
"É urgente implementar uma política pública de habitação a nível local"
Referindo-se ao concelho de Penafiel, Paulo Araújo Correia alerta para a "dificuldade" de arrendamento, "seja porque não há habitação disponível ou porque os preços são absolutamente exorbitantes. É urgente implementar uma política pública de habitação a nível local", garante o futuro candidato, que recorda programas do anterior Governo, como o "1.º DIREITO - Programa de Apoio ao Acesso à Habitação", que "permitia disponibilizar verbas do PRR para a construção de habitação. Por exemplo, Pena Fiel teve cerca de 20 milhões de euros do PRR, mas essas habitações continuam a não estar disponíveis à população e são, manifestamente, insuficientes face às necessidades que temos", frisa.
Também a mobilidade "continua a ser uma grande questão em Penafiel", diz o socialista. "Sabemos que há grandes dificuldades de acesso das populações das freguesias mais distantes do centro do concelho em aceder às principais valências das infraestruturas, como as piscinas municipais, finanças ou o hospital, e os transportes disponíveis, nomeadamente o transporte público, são muito escassos. Diria que é um problema que dura pelo menos há 20 anos", lamenta.
Nesta área, na perspetiva de Paulo Araújo Correia, "muito pouco tem sido feito" e embora reconheça a importância da, recente, Central de Transportes junto à estação de comboios de novelas, admite que a mesma "não vai resolver o problema da mobilidade no concelho".
Novas formas de mobilidade "acarretam custos", mas trata-se de "definir prioridades e alocar os recursos a esta necessidade que é crescente e permanente", acrescenta.
Há muito para fazer em Penafiel
O emprego qualificado foi, também, enaltecido nas declarações de Paulo Araújo Correia que aponta para a dificuldade de fixação de pessoas no território. "O grande empregador da nossa região, a Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa, emprega agora quase quatro mil pessoas e continuamos a não ter um cluster da saúde fixado em Penafiel. Temos empresas de muito sucesso na região, mas não há uma política municipal que coordena esta parceria entre empresas, autarquia e hospital, no sentido de fixá-las, de criar, por exemplo, empresas de investigação na área da saúde, que permitam reter os nossos jovens qualificados, que querem fazer o projeto de vida em Penafiel e não conseguem fazer".
Na visão do advogado "nem tudo foi mal feito, longe disso" e enaltece como pontos positivos a inauguração do ponto C -"uma obra muito desejada e que, finalmente, está implementada e que tem uma programação cultural assinalável" -, e a Agrival - "que tem sido um sucesso de ano para ano, tem conseguido crescer e modernizar-se" -, mas "ainda há muito para fazer em Penafiel. É nesse sentido que eu me disponibilizo para encabeçar um projeto que procura dar resposta a estes anseios da nossa população", revela.
Recorde-se que esta é a segunda recandidatura de Paulo Araújo Correia à Câmara Municipal de Penafiel, depois de ter sido eleito presidente da Comissão Política Concelhia de Penafiel em 2023 e reeleito em 2024. Foi eleito deputado na Assembleia da República em 2022, nas eleições legislativas de janeiro desse ano.
O socialista, advogado de profissão, trabalhou como adjunto do secretário de estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, e foi adjunto do Ministro das Infraestruturas e da Habitação.
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