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Partido Socialista (PS): "Ganhando ou perdendo temos de assumir as nossas responsabilidades"

Redação

No próximo dia 10 de março, os portugueses serão chamados às urnas para eleger os deputados que vão representar os eleitores na Assembleia da República.

Nesse âmbito, o Jornal A VERDADE esteve à conversa com Francisco Assis, cabeça de lista do Partido Socialista (PS) no círculo eleitoral do Porto, que nos apresentou os objetivos do partido, os contributos que poderá dar para o distrito e a medida mais urgente a tomar após as eleições.

Quem é o Francisco Assis?

Sou natural de Amarante e tenho já uma longa experiência política, fui presidente da Câmara Municipal de Amarante, várias vezes deputado, eurodeputado, líder parlamentar e presidi ao Conselho Económico e Social durante três anos e meio. Sou, sobretudo, um cidadão do distrito do Porto e que, neste momento, se apresenta como candidato a deputado pelo distrito, para garantir a representação nacional e a representação, mais especificamente, das preocupações e projetos da região. Desde muito novo que tive envolvimento na vida política, pelo facto de a revolução ter ocorrido quando eu tinha nove anos, marcou muito essa geração. Recordo-me de ter participação política desde muito cedo, desde a adolescência.

Quais são os propósitos do Partido Socialista (PS)?

De uma forma geral, é promover. Temos três prioridades fundamentais. Primeiro prosseguir o processo de consolidação orçamental, de forma a termos finanças públicas saudáveis. Segundo queremos apostar no num crescimento económico vigoroso, que aponte para uma economia mais qualificada e isso implica uma boa articulação. É um grande desafio que temos pela frente. Temos uma geração muito qualificada e agora isso tem de se transmitir ao tecido económico. Essa é uma das grandes prioridades do PS, prosseguir o processo para termos uma economia moderna, assente em boas qualificações, competitiva e que permita aumentar, substancialmente, os rendimentos das pessoas. Em terceiro lugar, a manutenção com regulação e modernização também do estado social das suas principais vertentes - saúde, educação, a segurança social, cultural - que promova a igualdade de oportunidades, que seja um fator gerador de igualdade da sociedade, que reduza as desigualdades, que crie oportunidades para todos e que garanta uma sociedade mais justa e mais equilibrada.

Quais serão as prioridades/contributos que o partido pode dar ao distrito do Porto no global, mas também ao território nacional?

Eu creio que aqui no distrito muitas das preocupações nacionais são distritais. O distrito é fundamental, porque é um dos mais dinâmicos do ponto de vista económico e a nossa preocupação é, justamente, articular a universidade com o politécnico do Porto, as várias escolas que temos disseminadas pelo distrito, articular tudo isso com o tecido económico de modo a modernizar a sua estrutura económica.

Depois há apostas fundamentais, como o TGV - Transporte de Alta Velocidade Lisboa - Porto - Vigo, que para nós é muito importante. Permite uma ligação à Galiza e reforça a centralidade do Porto, e o papel no contexto da Península Ibérica.

Devemos apostar, fortemente, na mobilidade quer na área metropolitana, quer em todo o distrito, como na modernização das linhas. Prosseguir com o troço que já se fez na linha do Douro e melhorar as condições das linhas ferroviárias. Está em fase de estudo uma nova linha de caminho de ferro, que vai passar no Vale do Sousa, que virá do Porto para a zona do Sousa e poderá, eventualmente, depois ir até Amarante e fazer ligação à Livração.

São essas as nossas prioridades fundamentais e depois são as mesmas que temos no país. Por exemplo, na região do Tâmega e Sousa, há uma grande preocupação que tem a ver com a nova Unidade Local de Saúde. Pensamos que é preciso reunir já com os responsáveis. Há uma insuficiência de 200 camas, que farão a diferença entre ter capacidade de resposta adequada, ou não, às necessidades da população. Tem de ser um combate em que temos de nos empenhar todos. É preciso aumentar a capacidade do complexo hospitalar, porque temos uma urgência que não está preparada, nas suas dimensões, para acolher a procura que já tem. Deposito muitas expetativas nessa transição da ULS.

Para além disso, é preciso melhorar o hospital de Amarante que não está a ser, claramente, devidamente aproveitado, mas tem de ser e há que fazer uma articulação com os centros de saúde para melhorar a qualidade da assistência prestada às pessoas.

Se for eleito, qual a medida mais urgente a tomar?

Na região do Tâmega e Sousa a grande prioridade é a questão da saúde. É aí que temos de agir. Para o dia 10 de março, as expetativas são boas e esperamos ganhar, mas o povo decidirá. O povo é soberano e decide. Ganhando ou perdendo temos de assumir todos as nossas responsabilidades. No Governo ou no parlamento, na oposição, há responsabilidades e têm de ser assumidas. Eu estou disposto a assumi-las, geralmente.